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A soprano portuguesa Ana Paula Russo considera que o legado de Montserrat Caballé permanecerá para sempre, apesar da sua morte aos 85 anos.
A soprano Ana Paula Russo lamentou hoje a morte de Montserrat Caballé, aos 85 anos, considerando, porém, que o "legado" e a "magia" da cantora lírica permanecerão para sempre.
Montserrat Caballé "era um expoente máximo, a par de Maria Callas", do canto lírico no século XX, disse Ana Paula Russo, lembrando a interpretação "majestosa" da soprano espanhola quando, em 1972, cantou "Norma", de Bellini, no Teatro Nacional S. Carlos, em Lisboa.
A morte da cantora lírica "vem provar que mesmo os grandes ídolos da cultura, no caso da ópera, têm limites físicos e um dia terão de partir, mas pessoas como Montserrat Caballé "partem fisicamente mas fica um legado", observou.
A soprano e professora de canto Ana Paula Russo reagia à agência Lusa à morte de Montserrat Caballé, hoje, aos 85 anos, no hospital de Sant Pau de Barcelona.
A soprano nascida em Barcelona em 12 de Abril de 1933 estava internada desde Setembro passado devido a alegados problemas na vesícula biliar, tendo a família solicitado que não fosse divulgada a causa de morte.
A professora de canto lembrou que o legado de Montserrat Caballé não se limita às gravações que se sabia existirem, e que são "imensas", pois começam também a ser colocadas na plataforma de divulgação de vídeo Youtube "coisas fantásticas que deixam para a geração presente e futura a magia" da soprano.
Lembrou que, apesar de quando pensamos na soprano catalã nos lembrarmos sempre "dela de mão dada com Freddie Mercury a interpretar Barcelona", a cantora "é muito mais que isso".
"Tinha, além de toda a técnica, capacidade e linha de canto que nós vemos com documentos que existem, nomeadamente dos anos 1960, em que criou uma base estrutural de carreira por direito próprio, por qualidade e um carisma vocal muito especial", sublinhou.
"Era uma pessoa extremamente simpática, extremamente simples dentro do possível de todo um ´status quo´ que ela tinha e que se divertia imenso a fazer as coisas", enfatizou.
E, apesar de, neste momento, Ana Paula Russo imaginar "Montserrat Caballé e Freddie Mercury de mãos dadas, aos berros, nos Campos Elísios, no sentido mitológico do termo, a cantar o Barcelona", frisou que a cantora lírica "foi bem mais do que isso".
"A nível do canto lírico, conseguiu levar a voz e o que é a qualidade e a expressividade do repertório lírico a todos os cantos do mundo" numa altura "em que não havia os meios de comunicação e a rápida difusão de tudo e mais alguma coisa que temos presentemente", observou.
"Portanto, imagine-se a fama, a qualidade e o que aquela senhora conseguiu tocar os corações", observou, sublinhando que é a vozes como a de Montserrat Caballé que devemos de ficar "sempre agradecidos" por nos terem dado "de forma esplendorosa aquilo que os compositores escreveram e que sem elas ficariam na pauta".
Com mais de quatro mil apresentações em palco desde que iniciou a carreira, em 1956, Montserrat Caballé dividiu o palco com grandes nomes das ópera como os tenores Plácido Domingo e Luciano Pavarotti.
O funeral da cantora lírica que nunca gostou de ser chamada de diva realiza-se na segunda-feira, às 12h00, no cemitério de Barcelona.
Montserrat Caballé morre mas deixa "legado" e "magia"
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