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Montenegro recusa "contar espingardas" antes de decidir se é candidato

04 de outubro de 2017 às 17:40
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Social-democrata está a "pensar naquilo que é melhor para o PSD e para o país"

O ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro afirmou hoje que a sua decisão de se candidatar à liderança do partido só depende dele próprio e não de qualquer contagem de espingardas com potenciais concorrentes.

"Fixem uma coisa: não ando a contar nem apoios, nem espingardas, nem nada dessa avaliação é preponderante para mim", afirmou Montenegro aos jornalistas, à entrada para o debate quinzenal com o primeiro-ministro, no parlamento, em Lisboa.

De resto, Montenegro insistiu que, "de forma muito serena e tranquila", está a ponderar uma candidatura à liderança do PSD, depois de Pedro Passos Coelho ter anunciado que não se recandidata a presidente do partido.

Uma decisão "depende apenas da avaliação que fizer", assegurou, admitindo que está "a ouvir pessoas" e "a pensar naquilo que é melhor para o PSD e para o país".

Nas eleições autárquicas de domingo, o PSD perdeu oito lideranças de câmaras municipais, ficando com 98 presidências (79 sozinhos e 19 em coligação), mas em termos de votos e percentagem quase não houve variações, tendo conseguido, sozinho, 16,08% dos votos (em 2013 foram 16,70%).

Após as eleições, o líder do PSD afirmou que ia fazer "uma reflexão" sobre uma eventual candidatura e, na terça-feira, anunciou aos órgãos nacionais do partido que não se demitia e que não se recandidataria ao cargo nas eleições directas.

Editorial

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