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Imprensa francesa critica Emmanuel Macron

19 de maio de 2017 às 09:59
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Meios de comunicação criticaram o presidente francês por escolher os jornalistas dos diferentes órgãos que o vão acompanhar numa viagem oficial ao Mali

Quinze órgãos de comunicação social franceses criticaram esta sexta-feira o novo presidente, Emmanuel Macron, por considerarem que a escolha dos jornalistas para acompanhar as deslocações oficiais, por parte do gabinete do chefe de Estado, "prejudica a democracia".

Uma carta aberta assinada por responsáveis editoriais de órgãos de comunicação social como oLe Monde, oLe Figaro, o Libération, o Le Parisienou o France Info, entre outros, acrescentam que nenhum outro chefe de Estado adoptou o mesmo sistema em "respeito" pela liberdade de imprensa.

"Numa altura em que a desconfiança ganha terreno sobre a informação, escolher aqueles que vão acompanhar as viagens [presidenciais] contribuiu para aumentar a confusão entre a comunicação e o jornalismo e prejudica a democracia", refere o texto que também é assinado pela BFMTV, France Presse, France Inter e M6.

A carta aberta foi divulgada depois de o presidente francês ter escolhido os jornalistas dos diferentes órgãos de comunicação social que o acompanham numa viagem oficial ao Mali, onde vai visitar as tropas francesas estacionadas no país.

Para os subscritores do protesto também não pode ser imposto um número limitado de jornalistas para este tipo de cobertura noticiosa.

"Não é da competência do Palácio do Eliseu escolher aqueles que, entre nós, têm o direito de fazer a cobertura de uma viagem", acrescentam.

Para os responsáveis dos meios de comunicação social franceses, não podem ser nem o presidente nem os colaboradores "a decidirem o funcionamento interno das redacções, escolher a forma de trabalhar ou os pontos de vista".

"Estas decisões são das direcções e das redacções", indica a carta aberta de protesto contra o Palácio do Eliseu.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.