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Jornal de Angola acusa Governo e parlamento português de "violações grosseiras"

O jornal oficial de Angola ataca o Governo e à Assembleia da República pelas posições sobre a condenação de activistas angolanos a penas de até oito anos e meio de cadeia

OJornal de Angolaaponta este sábado, em editorial, "violações grosseiras e inaceitáveis" ao Governo e à Assembleia da República de Portugal, pelas posições sobre a condenação de activistas angolanos a penas de até oito anos e meio de cadeia.

Intitulado "Contra as ingerências", o editorial do jornal estatal recorda os 50 anos passados sobre a descolonização de África para criticar igualmente a delegação da União Europeia em Luanda e embaixadas dos Estados-membros que tomaram posição sobre a forma como decorreu o julgamento e pela proporção das penas aos 17 activistas, por crimes de actos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores.

"A declaração da União Europeia, a posição tomada pelo Governo e Assembleia da República portuguesas configuram violações grosseiras e inaceitáveis, na medida em que põe em causa o país e as suas instituições. Além da tendência e visão paternalista que leva as entidades e individualidades estrangeiras a pôr em causa determinados Governos e instituições, é recorrente o tratamento de menoridade", lê-se no editorial.

Editorial

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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.