Questionado sobre se tinham sido alterados os critérios de indicações clínicas para as transferências, o Hospital diz que "por questões éticas e legais, o CHULN não fornece dados de casos individuais".
O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, transferiu na quarta-feira para um hospital privado uma mulher grávida de risco com um diagnóstico de diabetes gestacional controlada, contrariando o anunciado pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN).
David Martins/CM
De acordo com o jornal Público de hoje, a decisão de transferir do Hospital de Santa Maria para a CUF Descobertas, em Lisboa, contraria o que foi anunciado pelo Centro Hospitalar no domingo e corroborado pelo ministro da Saúde que reiterava que os" encaminhamentos, programados e temporários, se destinavam apenas a grávidas de baixo risco referenciadas".
Fontes do Hospital de Santa Maria disseram ao Público que foi dada indicação não escrita por parte do diretor de serviço de obstetrícia para incluir nas listas de transferências para as unidades hospitalares privadas mulheres com diabetes gestacional controlada.
Questionado pelo jornal sobre se tinham sido alterados os critérios de indicações clínicas para as transferências, o Hospital diz que "por questões éticas e legais, o CHULN não fornece dados de casos individuais".
"O CHULN pode apenas garantir que os requisitos clínicos e de segurança são escrupulosamente analisados e cumpridos em todos os encaminhamentos articulados com unidades privadas, sendo essas decisões tomadas em estreita articulação entre médicos e instituições envolvidas e com o Instituto Nacional de Emergência Médica", indicou o hospital.
Segundo o Público, o Hospital CUF Descobertas tem estado a receber grávidas encaminhadas pelo Santa Maria e na terça-feira de manhã já tinha dado entrada uma outra mulher com indicação para indução de trabalho de parto.
"Esta transferência (anterior à da grávida com diabetes gestacional) motivou uma comunicação por parte das duas obstetras que estavam de escala na urgência para o coordenador de serviço.
Na comunicação avançada pela SIC, a que o Público teve acesso, as duas médicas escrevem: "Pensamos não estarem cumpridos os mínimos exigidos de boas práticas/segurança clínica, necessários para manter aberto o nosso Serviço de Urgência, nestes moldes, apenas com dois obstetras".
O jornal refere que nesse dia, o hospital tinha na urgência três médicos, dois especialistas e um interno.
Na mensagem, diz o Público, as duas médicas dizem compreender que a administração "não pode recusar prestar ajuda ao Estado", mas "nunca colocando em risco as boas práticas e levando à transformação de um hospital privado de qualidade numa outra realidade".
Por sua vez, o Hospital CUF Descobertas disse ao Público que "não se revê neste relato, que não reflete as práticas clínicas implementadas na maternidade" deste hospital, sublinhando que dispõe de "todas as condições adequadas à prestação de cuidados médicos em total segurança", pelo que mantém a "disponibilidade e empenho para apoiar as maternidades públicas da Região de Lisboa e Vale do Tejo".
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