
Caso das gémeas: Comissão Permanente debate conclusões do inquérito na quarta-feira
O porta-voz da conferência de líderes explicou que o relatório não será votado, uma vez que a votação já foi feita em comissão.
O porta-voz da conferência de líderes explicou que o relatório não será votado, uma vez que a votação já foi feita em comissão.
Juristas consideram estranho que relatório seja enviado depois de deputados concluírem que não há indícios de ilegalidades. Presidente da comissão diz que é procedimento "normal".
"Rejeito, de forma categórica, qualquer interferência pessoal ou política, por iniciativa própria ou a pedido", afirmou o antigo secretário de Estado.
Segundo o pedido entregue à comissão parlamentar de inquérito, e ao qual a Lusa teve acesso, a IL pediu a audição a 18 personalidades.
Na inspeção ao caso, a IGAS concluiu pela ilegalidade do acesso à consulta de neuropediatria das gémeas que receberam em Santa Maria um medicamento de milhões de euros.
Caso remonta ao final de agosto de 2022, quando uma grávida com 31 semanas sofreu uma paragem cardiorrespiratória, durante a viagem de transferência entre hospitais, tendo sido realizados trabalhos de reanimação no transporte.
O ministro respondia aos deputados da Comissão Parlamentar da Saúde sobre o "alegado favorecimento de duas bebés gémeas, que sofrem de atrofia muscular espinhal, no acesso ao tratamento com o medicamento Zolgensma".
"Não existiram ordens, e mesmo se existissem elas seriam absolutamente inconcebíveis e não enquadráveis no processo de decisão clínica", afirmou Luís Pinheiro em entrevista.
Relatório indica que consulta se deu a 5 de dezembro de 2019 e estiveram presentes os tios e o pai das crianças e que a mesma foi requisitada "pelo Secretario de Estado".
Ex-ministra da Saúde adiantou que ainda não foi convocada para depor. Documento foi enviado ao Ministério da Saúde e à Inspeção-Geral de Saúde.
Auditoria interna do hospital de Santa Maria.
Ana Paula Martins foi ouvida pelos deputados da Comissão Parlamentar da Saúde sobre as meninas que terão sido favorecidas na toma do medicamento.
Revelação foi feita por Ana Paula Martins, que cita o relatório da auditoria interna feita pelo CHULN ao caso.
Ana Paula Martins, antiga bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, tinha assumido no dia 01 de fevereiro deste ano o cargo de presidente do conselho de administração do CHULN.
Está a decorrer uma ação da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) sobre o mesmo caso.
Inspetor-Geral, António Carapeto, reúne hoje com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte "para que este órgão o informe sobre as medidas internas já adotadas e comunicar a ação inspetiva da IGAS".