Trump alega que Obama mandou gravar as suas comunicações em 2016. O director James Comey protestou face à gravidade das acusações
O director do FBI solicitou sem sucesso no fim de semana ao Departamento de Justiça que desmentisse publicamente as acusações de Trump de que Obama tinha mandado gravar as suas comunicações em 2016, informou hoje a imprensa norte-americana.
A informação foi revelada pelo jornalThe New York Times, e confirmada posteriormente por outros órgãos de comunicação, que citaram como fontes altos funcionários norte-americanos.
O director do FBI, James Comey, argumentou que a gravidade das acusações de "escutas" às comunicações de Trump exigia um comunicado público por parte do Departamento de Justiça de que eram incorrectas.
O Presidente Donald Trump pediu no domingo ao Congresso norte-americano para investigar eventuais escutas de que tenha sido alvo por ordem do seu antecessor antes das eleições, no âmbito do caso de alegada interferência por parte da Rússia, e determinar se o governo de Barack Obama abusou dos seus poderes.
No sábado, Trump acusou o ex-presidente Barack Obama de o ter colocado sob escuta antes das eleições presidenciais de 8 de Novembro, numa série de mensagens na rede social Twitter, sem dar pormenores ou referir provas.
Kevin Lewis, porta-voz do antigo presidente norte-americano, afirmou no mesmo dia que Barack Obama nunca ordenou a vigilância de qualquer cidadão norte-americano, desmentindo as acusações de Donald Trump.
A cardinal rule of the Obama Administration was that no WH official ever interfered with any independent investigation led by the DOJ. pic.twitter.com/c5QD50nXac
A ocorreram tais gravações, o mais provável era que fosse o próprio FBI o encarregado a levá-las a cabo, daí a insistência do director da polícia federal em desmarcar-se delas.
Comey insistiu também que legalmente o Presidente dos Estados Unidos não pode ordenar essas escutas, que devem ser ratificadas por um juiz federal.
O Departamento de Justiça tem-se mantido em silêncio sobre o caso.
Os ataques contra Barack Obama surgem numa altura em que a administração de Trump está envolvida em polémica acerca de contactos durante a campanha e o período de transição entre responsáveis russos e alguns dos seus assessores e conselheiros, incluindo o secretário da Justiça, Jeff Sessions.
FBI pediu ao Departamento de Justiça dos EUA para desmentir escutas
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