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Facebook censurou vídeo sobre cancro da mama

21 de outubro de 2016 às 10:40
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Uma associação sueca acusou na quinta-feira o Facebook de ter suprimido um vídeo sobre o cancro da mama que a rede social terá censurado por considerar as imagens em causa como "ofensivas"

Uma associação sueca acusou ontem o Facebook de ter suprimido um vídeo sobre o cancro da mama que a rede social terá censurado por considerar as imagens em causa como "ofensivas".

A rede social norte-americana pediu desculpa mais tarde, invocando um "erro".

A associação, aCancerfonden, publicou uma carta aberta dirigida ao Facebook para denunciar a supressão desse vídeo e indicou à agência de notícias AFP não ter conseguido chegar à fala com um representante da empresa para mostrar o seu ponto de vista.

"Achamos incompreensível e estranho que tenham percepcionado uma campanha de informação médica como ofensiva", afirmou a porta-voz da Cancerfonden, Lena Biörnstad.

O vídeo mostrava imagens animadas de mulheres a palparem, com movimentos circulares, os seios, para explicar como devem verificar nódulos suspeitos, uma medida recomendada na prevenção do cancro da mama.

"Trata-se de informações que salvam vidas, o que, na nossa opinião, é essencial", frisou a mesma responsável.

"Lamentamos muito. A nossa equipa trata de milhões de imagens publicitárias semanalmente e em certos casos interditamos publicidades incorrectamente", reagiu um porta-voz da rede social, numa resposta por email à AFP.

"Pedimos desculpa pelo erro e vamos informar o anunciante que nós aprovaremos as suas publicidades", disse.

Oficialmente, o Facebook, que conta com 1,7 mil milhões de utilizadores, bane a nudez sem excepção.

No mês passado, a rede social causou alvoroço ao censurar, incluindo da página da primeira-ministra norueguesa, a célebre imagem de uma jovem vietnamita nua queimada por napalm.

O episódio, revelado pela própria primeira-ministra Erna Solberg, foi o culminar de uma polémica que durou dias, depois de o Facebook ter decidido bloquear temporariamente a conta do escritor norueguês Tom Egeland por difundir a mesma imagem.

Na foto, que valeu ao repórter Nick Ut um Pulitzer, aparece uma jovem vietnamita de nove anos a correr nua enquanto foge de um bombardeamento de napalm da aviação norte-americana em 1972, durante a guerra naquele país do sudeste asiático.

O Facebook reverteu depois a sua decisão, na sequência da onda de indignação, permitindo a divulgação da histórica fotografia da guerra do Vietname.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.