"As far as the mind can see" é o tema da 9.ª edição do evento que sai pela primeira vez da capital. A mostra destaca o design da África lusófona
A 9.ª edição da BienalExperimentaDesign vai decorrer nas cidades de Lisboa, Porto e Matosinhos, de 12 de Novembro a 20 de Dezembro, e apresentará quatro exposições, uma delas sobre o design na África lusófona.
A programação completa do evento foi hoje apresentada pela directora da Bienal, Guta Moura Guedes, numa conferência de imprensa que contou com os vereadores da cultura das autarquias de Lisboa, Porto e Matosinhos, este ano parceiros do certame dedicado ao design. As far as the mind can see (tão longe quanto a mente pode ver)é o tema geral deste ano, centrado na individualidade, "na forma como apreendemos o mundo e construímos novas realidades", explicou a directora, indicando que vem no seguimento do tema anterior,No borders (sem fronteiras), em 2013.
As principais novidades da edição deste ano são a descentralização da ExperimentaDesign de Lisboa para o Porto e Matosinhos, a apresentação, em forma de exposição, do resultado de um projecto desenvolvido, na África lusófona, e a redefinição do serviço educativo, com uma aposta na formação, em cursos que serão realizados durante o certame. Globalmente, a ExperimentaDesign vai apresentar 45 eventos e reunir 268 participantes de 22 países, em quatro continentes, sobretudo da Europa.
"Dos 268 participantes, 218 são portugueses e 50 estrangeiros, o que revela um grande peso da participação portuguesa", salientou Guta Moura Guedes. A semana inaugural tem início a 12 de Novembro, no Porto e Matosinhos, e a 13 e 14 de Novembro, em Lisboa. A 12 de Novembro é inaugurada a mostra intituladaDesejo, Tensão, Transição - Percursos do Design Português, com curadoria geral de José Bártolo, que ficará na Galeria Nave da Câmara Municipal de Matosinhos, até 12 de Março de 2016.
No mesmo dia, é inaugurada no Palácio dos Correios, no Porto,As far as the mind can see, com curadoria de Mirko Ilic, João Castro e Marco Balesteros, mostra com mais de 60 trabalhos de 28 designers de comunicação de todo o mundo, sobre a relação entre a mente, o indivíduo e a criatividade. Esta mostra desdobra-se numa outra -As far as the mind can't see, que irá inaugurar a 13 de Novembro, no Picadeiro Real do Museu Nacional dos Coches, em Lisboa - com conteúdos distintos e complementares.
Quanto ao projectoFrom hands to mind, é inaugurado em forma expositiva a 14 de Novembro, no Torreão Poente da Cordoaria Nacional, em Lisboa, com curadoria geral deBeyond Entropy, composta pela angolana Paula Nascimento e o italiano Stefano Rabolli Pansera, e co-curadoria do angolano Aladino Jasse. ABeyond Entropyfoi responsável pela curadoria do projecto do Pavilhão de Angola para a Bienal de Arte de Veneza 2013, que daria o Leão de Ouro àquele país africano. "Lançámos o desafio para tentar descobrir que design é feito em África, se é possível dizer-se que existe um certo tipo de design ou criações artesanais muito individualizadas", em Angola, Moçambique e São Tomé, onde os curadores realizaram uma pesquisa.
A programação vai ainda incluir as conferências em Lisboa, com a presença de designers como Mirko Ulic, da área do design da ilustração, Peter Bankov, designer gráfico, Reza Abedini, um iraniano que trabalha a tipografia persa moderna, Michael Anastassiades, designer de produto da área da iluminação, e Jonathan Barnbrook, que desenhou a campanha de comunicação do álbum de regresso de David Bowie em 2013.
No final da conferência de imprensa, questionada pela agência Lusa sobre o orçamento e apoios financeiros desta edição da Experimenta, Guta Moura Guedes indicou que sofreu uma redução, situando-se nos 1,8 milhões de euros.
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