Por seu lado, os treinadores só poderão pedir a demissão para se transferirem para outra equipa uma vez na temporada, mas serão livres para encontrar um novo clube cada vez que forem demitidos.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu limitar hoje as trocas de treinadores na mesma temporada, na primeira divisão, no país que é 'campeão mundial' na 'dança' de treinadores.
A nova regra, aprovada durante uma reunião com a presença de representantes das 20 equipas de elite do futebol brasileiro, estipula que os clubes só podem demitir um técnico por temporada e que uma segunda alteração só será possível desde que o novo treinador esteja a trabalhar no clube há, pelo menos, seis meses.
Por seu lado, os treinadores só poderão pedir a demissão para se transferirem para outra equipa uma vez na temporada, mas serão livres para encontrar um novo clube cada vez que forem demitidos.
"Este é um grande passo para o futebol brasileiro, será benéfico tanto para os clubes como para os treinadores", escreveu o presidente da CBF, Rogério Caboclo, numa nota publicada no 'site' do organismo, na qual diz esperar que a nova regra estabeleça uma relação "mais madura e profissional" entre clubes e treinadores, "com períodos mais longos e consistentes" à frente das equipas.
Segundo um estudo publicado o ano passado pelos investigadores Matheus Galdino, Pamela Wicker e Brian Soebbing, o campeonato brasileiro é o que realiza mais trocas de técnico no mundo, com uma média de 37,1% temporada entre 2003 a 2018, contra uma média de 21% na Argentina, de 10% em Inglaterra e de 4,9% em França.
Por exemplo, o Botafogo, lendário clube carioca que viu craques como Garrincha, Gerson ou Jairzinho brilharem nas suas fileiras, trocou de treinador quatro vezes na última temporada, o que não impediu a sua descida à segunda divisão pela terceira vez na sua história.
Neste momento, há um treinador português que está em 'estado de graça' no Brasil, Abel Ferreira, depois de levar o Palmeiras à conquista da Taça Libertadores, troféu que o clube tinha alcançado apenas uma vez no seu historial, a que se junta António Oliveira, filho do ex-jogador e treinador do Benfica, Toni, atual treinador principal do Atlético Paranaense, também do Brasileirão, depois de ter sido adjunto de Paulo Autuori, que renunciou ao cargo para ser apenas diretor.
Aos 38 anos, Oliveira assumiu o maior desafio da carreira, depois de ter chegado ao Brasil pela mão de Jesualdo Ferreira, que treinou o Santos, passando depois para o Paranaense.
JEC // AMG
Lusa/Fim
Equipas brasileiras da primeira divisão só podem demitir um treinador por época
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