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Eleições EUA: Vitória de Trump vai fazer subir volatilidade no mercado cambial

Segundo a Ebury, uma vitória do candidato republicano nas eleições norte-americanas de terça-feira levaria ainda à depreciação das divisas dos mercados emergentes

A eventual vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas teria como implicação o "aumento expressivo" da volatilidade no mercado cambial, levando ainda à depreciação das divisas dos mercados emergentes, segundo a Ebury.

"Não se pode negar que a possibilidade de uma vitória de Trump é real. Uma vitória de Trump trará, sem dúvida, um aumento expressivo de volatilidade no mercado cambial, juntamente com uma depreciação significante nas divisas dos mercados emergentes", lê-se numa análise libertada esta sexta-feira pela companhia britânica que presta serviços de gestão de câmbios a nível global.

Já no cenário de uma vitória de Hillary Clinton, a Ebury estima que a Reserva Federal dos EUA (Fed) vai voltar a endurecer a política monetária, tomando essa decisão já em meados de Dezembro, na próxima reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla inglesa).

"Neste momento os mercados estão a considerar uma possibilidade de 80% de um aumento de taxa de juro nos Estados Unidos já para Dezembro. Esperamos que, com a vitória de Clinton, esta probabilidade de subida de taxa de juro aumente. Do nosso ponto de vista uma vitória de Clinton colocará a Fed firmemente no caminho de aumentar as taxas de juro em cada trimestre de 2017, em linha com o recente gráfico de pontos do FOMC que mostra as expectativas dos membros da Fed em relação às subidas de taxa de juro", realça a Ebury.

E acrescentou: "Por agora não temos visto grandes impactos nas moedas do G10 na sequência do processo eleitoral americano, e este facto pode sugerir que os investidores mantêm-se confiantes na vitória de Clinton ou que, por outro lado, não antecipam grande impacto com uma possível vitória de Trump".

Porém, segundo a Ebury, "na última semana, o peso mexicano tem estado volátil e em queda, no entanto, até agora esta queda apenas representou metade da subida verificada desde o primeiro debate televisivo Clinton/Trump".

Finalmente, a gestora indicou que "as flutuações nas últimas semanas na moeda refúgio franco suíço e iene japonês têm sido também relativamente modestas, porém, esta situação alterou-se esta semana onde se assistiu a um primeiro sell-off no dólar americano, embora moderado, em resposta às sondagens se terem aproximado". "Activos de risco como acções e 'commodities' [matérias-primas] também tiveram em baixa esta semana", rematou.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.