Das 14 pessoas detidas, apenas sete pernoitavam no edifício.
As 14 pessoas detidas esta sexta-feira na sequência do despejo de um imóvel em Lisboa pela PSP vão ser constituídas arguidas, disse à agência Lusa a advogada, ressalvando que, destas, apenas sete pernoitavam no edifício.
O despejo do imóvel, com intervenção de agentes da PSP, teve início às 08:25, na Rua da Verónica, perto da Feira da Ladra, encontrando-se esta tarde os 14 detidos resultantes desta operação a ser "identificados e revistados" na esquadra da Penha de França, adiantou à Lusa a advogada Ana Silva.
"Estamos a aguardar à porta da esquadra. Estavam a ser identificados e revistados, e vão ser constituídos arguidos", explicou a defensora dos 14 detidos, referindo que estes são suspeitos dos crimes de introdução em espaço vedado ao público e desobediência.
No entanto, Ana Silva ressalvou que no imóvel pernoitavam sete pessoas e que as restantes sete que foram detidas tinham ido "dar apoio e ajudar a resistir a um eventual e previsível despejo".
Segundo a defensora, as pessoas que habitavam no imóvel foram abordadas na quarta-feira por trabalhadores da Spark Capital, empresa proprietária da habitação, que pretendia emparedar o edifício e lhes deu até esta sexta-feira para abandonar o local.
"Tendo em conta que a Sparks Capital tem já um historial de despejo violento e com recurso a seguranças privados, estas pessoas esperavam uma atuação semelhante. Houve uma atuação semelhante, mas não houve nenhum privado a executar o despejo, foi a PSP", relatou.
A Lusa tentou contactar a empresa Sparks Capital e a Câmara Municipal de Lisboa, mas até ao momento não obteve resposta.
Ao início da tarde, em declarações à Lusa, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) disse apenas que foi cumprido uma ordem de despejo de um edifício "ocupado indevidamente".
Segundo a mesma fonte, as 14 pessoas que se encontravam na habitação "não ofereceram resistência".
Já a ativista da Habita Sara Fernandes, que acompanhou no local a operação policial, relatou que a PSP arrombou a porta sem explicar o motivo e que cortou a rua.
Detidos no despejo de imóvel em Lisboa vão ser constituídos arguidos
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.