A decisão de Ana Pastor foi tomada depois de o presidente do governo espanhol em funções ter aceitado as condições impostas pelo partido Ciudadanos
O debate para a investidura de Mariano Rajoy como presidente do novo governo espanhol vai realizar-se a 30 de Agosto, anunciou, esta quinta-feira, a presidente do Congresso de Deputados, Ana Pastor. A decisão já comunicado ao líder do PP e ao Rei Filipe VI.
Para o dia seguinte, 31 prevista uma primeira votação para o dia seguinte (31 de agosto). Nessa votação, o candidato à investidura tem de ser eleito por uma maioria absoluta. Caso isso não aconteça, será realizada uma segunda votação 48 horas depois, no dia 2 Setembro (sexta-feira), na qual o candidato tem de ser eleito por uma maioria simples.
Estas datas pressupõem, caso a investidura de Mariano Rajoy (líder do Partido Popular e atual primeiro-ministro espanhol em funções) fracasse e passem dois meses sem que nenhum candidato seja escolhido, que as terceiras eleições gerais em Espanha num espaço de um ano seriam realizadas no dia de Natal, 25 de Dezembro, segundo referiu a agência noticiosa espanhola EFE.
A decisão de Ana Pastor foi tomada depois de o presidente do governo espanhol em funções ter aceitado as condições impostas pelo partido Ciudadanos. O acordo foi anunciado pelo líder do partido de centro-direita, Albert Rivera, em conferência de imprensa após o final da reunião com Rajoy no Congresso, durante a qual indicou que os porta-vozes do Partido Popular (PP, direita) e do Ciudadanos (centro-direita) assinaram o pacto anti-corrupção para desbloquear a situação política, o qual contempla as seis medidas apresentadas por Rivera para o início das negociações para a investidura.
"Hoje demos um passo que qualificá-lo-ia de decisivo para formar governo e para que não se repitam eleições", afirmou, por seu turno, Rajoy. Após afirmar que as equipas negociadoras do PP e dos Ciudadanos para iniciar as conversações com vista à investidura vão ser nomeadas já na sexta-feira, o líder do PP insistiu: "Hoje estou na disposição de ir à sessão de investidura".
Este acordo surgiu depois do secretário-geral do Ciudadanos, Miguel Gutiérrez, ter dito, à Cadena Ser, que a hipótese de haver umas terceiras eleições em Espanha era hoje "mais real do que ontem". Para Gutiérrez, não tinha "nenhuma vontade de sujeitar-se a uma investidura" à frente de um novo executivo e procurava "apenas apoios pessoais".
Espanha está num impasse político desde as eleições de 20 de Dezembro de 2015, repetidas a 26 de Junho deste ano, mas sem que um partido saísse, de novo, com a maioria dos votos.
O Partido Popular (PP, direita) venceu a segunda votação, elegendo 137 deputados (num total de 350), o que não chega para poder formar governo sozinho. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ficou em segundo lugar, com 85 deputados, a aliança de esquerda Unidos-Podemos em terceiro, com 71, e o Ciudadanos em quarto, com 32.
O Ciudadanos (centro-direita) apresentou seis condições para apoiar um governo liderado pelo PP, que passam por uma reforma do sistema democrático e por um reforço da luta contra a corrupção política.
Na quarta-feira, Rajoy disse que o Comité Executivo Nacional do PP o autorizou a negociar com o líder do movimento de centro-direita Albert Rivera e assegurou que fará todos os possíveis para formar um governo.
Rajoy, que falava numa conferência de imprensa após a reunião onde lhe foi dada "carta-branca" para negociar com Rivera, adiantou que não foram discutidas as condições do Ciudadanos.
O presidente do PP disse na mesma altura que queria falar com o líder do PSOE, Pedro Sánchez, para saber se este quer "uma repetição das eleições" e "qual é a data que considera melhor para a tomada de posse".
Assegurando que fará tudo para formar um governo, Rajoy advertiu que "a responsabilidade não é apenas do PP" e que a tomada de posse não será possível se o PSOE "não der o passo" necessário.
Mesmo se obtiver o apoio do Ciudadanos e da Coalición Canaria, com a qual também mantém contactos, o PP conseguirá apenas 170 votos, precisando ainda de pelo menos 11 abstenções para formar governo.
Debate de investidura de Rajoy marcado para 31 de Agosto
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