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CP e Fertagus em greve devido a negociações salariais

Os condicionamentos na circulação dos comboios vão registar-se entre as 00:00 e as 24:00 do dia 28 de fevereiro e do dia 2 de março.

O transporte ferroviário da Fertagus, que liga Setúbal e Lisboa, vai ter "fortes perturbações" na terça-feira e na quinta-feira, devido à greve da Infraestruturas de Portugal (IP), realizando-se apenas 25% do serviço, segundo a transportadora.Recorde-se que, até 2 de março, também a CP está em greve. 

Numa nota publicada no seu 'site', a Fertagus - que explora esta linha ferroviária, com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP -- explica que os condicionamentos na circulação dos comboios vão registar-se entre as 00:00 e as 24:00 do dia 28 de fevereiro e do dia 2 de março.

A empresa adianta que, tendo sido acordados serviços mínimos na ordem dos 25%, tem previsto realizar apenas um quarto da oferta habitual.

A transportadora serve atualmente 14 estações, numa extensão com cerca de 54 quilómetros, e o seu serviço é responsável por perto de 85 mil deslocações diárias.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) anunciaram em 14 de fevereiro uma greve na IP para terça e quinta-feira.

Em causa está, afirmam, o "impasse" nas negociações salariais com a administração da IP, já que as propostas dos sindicatos não foram consideradas pela comissão negociadora patronal: "A administração decidiu travar a fundo as negociações impondo aumentos salariais por ato de gestão."

Segundo os sindicatos, na mais recente reunião, a administração manteve a sua proposta apresentada na anterior reunião, "não havendo qualquer evolução, nem aproximação às revindicações".

Os trabalhadores farão greve "à prestação de todo e qualquer trabalho" em ambos os dias, "durante todo o seu período de trabalho".

Os sindicatos indicam que a greve é motivada pelo aumento dos valores salariais e do poder de compra, pela retoma da negociação coletiva, pela "não discriminação de trabalhadores" e pela contratação de pessoal.

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