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Covid-19: Teste negativo também permite entrada em bares e discotecas a partir de 1 de outubro

O primeiro-ministro anunciou hoje que na próxima semana deverá ser alcançada a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19.

A apresentação de um teste negativo à covid-19 também permite aos clientes a entrada em bares e discotecas a partir de 1 de outubro, tal como o certificado digital, anunciou hoje o Governo.

Em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, referiu que os estabelecimentos de diversão noturna podem abrir a partir daquela data para clientes com certificado digital, sem fazer referência à possibilidade de entrada nestes espaços mediante a apresentação de teste negativo à covid-19.

O comunicado do Conselho de Ministros indica, no entanto, que para a entrada em bares e discotecas é "necessário certificado ou teste negativo", tal como para viagens por via aérea ou marítima, visitas a lares e estabelecimentos de saúde e grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos.

O documento do Governo não especifica o tipo de teste que é necessário apresentar.

O primeiro-ministro anunciou hoje que na próxima semana deverá ser alcançada a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19, pelo que é possível entrar, a partir de dia 1, na terceira fase do plano de desconfinamento anunciado no final de julho.

Em 29 de julho, o Governo anunciou que os espaços de diversão noturna poderiam reabrir na sua plenitude em outubro, quando as autoridades previam que 85% da população estivesse com a vacinação completa contra a covid-19.

"Relativamente aos bares e discotecas, o passo que damos é enorme. São praticamente as únicas atividades que, desde o início desta pandemia, têm estado permanentemente fechadas. Porque todos sabemos que implicam uma grande proximidade entre as pessoas e uma grande interação entre as pessoas. A opção era tornar a máscara obrigatória, mas creio que todos compreendemos que não faz sentido, daí a exigência do certificado. O desejo que temos, naturalmente, é que esta seja uma condição que com o tempo possa desaparecer", afirmou hoje o primeiro-ministro.

A covid-19 provocou pelo menos 4.715.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 230 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.938 pessoas e foram contabilizados 1.064.876 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Editorial

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