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Covid-19: Alemanha transfere doentes para o estrangeiro e prepara novas medidas

18 de novembro de 2021 às 15:00
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Cem dos 400 distritos do país têm apenas um lugar não ocupado nas unidades de cuidados intensivos (UCI) e há 50 distritos que têm todas as camas destes serviços ocupadas.

A Alemanha já teve que transferir doentes com covid-19 para países vizinhos devido ao agravamento da situação sanitária, o que levou também hoje a comissão de vacinação a recomendar uma terceira dose de vacina aos maiores de 18 anos.

A Alemanha registou um recorde de mais de 65.000 novas infeções nas últimas 24 horas e, segundo dados da Associação Interdisciplinar de Medicina Intensiva (DIVI), 100 dos 400 distritos do país têm apenas um lugar não ocupado nas unidades de cuidados intensivos (UCI) e há 50 distritos que têm todas as camas destes serviços ocupadas.

Embora o número total de doentes nas UCI - 3.400 - seja inferior ao dos picos de vagas anteriores – com 5.700 e 5.100 doentes, respetivamente – a falta de pessoal fez cair a capacidade dessas unidades havendo agora menos camas disponíveis do que há um ano.

A situação é especialmente dramática na Baviera (sul da Alemanha) e em Baden-Württenberg (sudoeste), tendo obrigado o hospital de Munique a transferir doentes para Bolzano (norte de Itália), segundo o diretor do hospital de Freising, na capital da Baviera.

"Os serviços de saúde estão saturados, a incidência está a aumentar e todos os dias há números recorde de infeções", refere a Cruz Vermelha da Baviera e outras organizações num comunicado conjunto, com o presidente da Cruz Vermelha da Baviera, Theo Zellner, a alertar que a atual situação é mais grave que a verificada em dezembro de 2020.

Na Saxónia, o primeiro-ministro deste estado, Michael Kretschmer, dirigiu-se hoje ao parlamento regional, defendendo medidas como o encerramento de bares e discotecas e a proibição total de grandes eventos, durante duas ou três semanas, mas só na sexta-feira haverá decisões.

Neste contexto de agravamento da situação em grande parte do país, o parlamento nacional estuda novas medidas e a Comissão Permanente de Vacinação (Stiko) da Alemanha recomendou hoje uma dose de reforço da vacina anti-covid para todas as pessoas acima dos 18 anos de idade, seis meses após terem tomado a anterior dose.

Até agora, a Stiko apenas tinha recomendado uma dose de reforço a maiores de 70 anos, pessoas com imunidade reduzida e pessoal dos serviços de saúde.

A par disto, os partidos que estão a negociar o futuro Governo federal de coligação levaram hoje ao Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) uma reforma da lei para a proteção contra doenças infecciosas, proposta que irá servir de base para futuras medidas destinadas a combater a pandemia do novo coronavírus.

Sociais-democratas, Verdes e Liberais votaram a favor da reforma, que foi aprovada e garante um quadro jurídico para futuras medidas, uma vez que expira no dia 25 a situação legal que permite aos Länder (estados federados) introduzir restrições sem a aprovação dos parlamentos.

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