Crítica surgiu depois de o deputado do Chega ter afirmado que em fevereiro o partido iria rever o programa e clarificar as ideias presentes no mesmo.
O primeiro-ministro respondeu hoje ao deputado único do Chega recorrendo à ironia, dizendo que o programa do Governo não muda "semana sim, semana não" conforme as críticas, depois de André Ventura ter admitido clarificar as ideias do partido.
No debate quinzenal na Assembleia da República, André Ventura disse ter sido desafiado por António Costa no início da legislatura a apoiar as medidas do programa eleitoral do PS sobre corrupção.
"Até agora ainda não vimos nada, onde é que está a posição do PS e a proposta sobre enriquecimento ilícito de que estávamos todos à espera?", questionou.
O primeiro-ministro recomendou então ao deputado único do Chega que só espere do executivo "o que está no programa do Governo".
"O nosso programa não muda semana sim, semana não, conforme as críticas que recebe", afirmou, recebendo um forte aplauso da bancada do PS.
Na semana passada, o Diário de Notícias revelou que o Chega tinha retirado o seu programa eleitoral do respetivo 'site', prometendo repô-lo com clarificações em matéria de Estado social que serão acordadas no próximo Conselho Nacional do partido, em fevereiro.
O primeiro-ministro manteve o tom irónico ao responder a questões de André Ventura sobre se o próximo orçamento traria um reforço de verbas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Vejo que já está adaptado ao seu novo programa e que o SNS passou a estar também no seu coração. Ainda bem, devolve-nos a todos a esperança sobre o futuro da humanidade. Julgávamos que desde a sua tese de doutoramento até aos dias de hoje era só um processo de regressão lamentável, mas pelos visto há também áreas onde pode haver progresso assinalável", afirmou Costa.
O deputado único do Chega questionou ainda Costa se o Governo "tem ou não planos de ir buscar familiares de combatentes jihadistas à Síria".
"Num momento em que não conseguimos pagar o que devíamos às Forças Armadas, temos ou não um plano para gastar dinheiro com pessoas que nos continuam a querer matar a todos?", interrogou, recebendo uma resposta categórica do primeiro-ministro.
"Não, não temos qualquer plano de ir buscar as famílias de antigos jihadistas à Síria", assegurou.
Nos 90 segundos de intervenção a que tem direito, André Ventura criticou ainda a queda de oito posições de Portugal no Índice de Desempenho das Alterações Climáticas, depois de o ministro do Ambiente "ter aplaudido" a presença em Portugal da jovem ativista sueca Greta Thunberg.
"Nem era suposto ser o Chega a fazer este papel", considerou.
Costa lamentou que a questão ambiental só interesse ao deputado do Chega para "dialética política", e justificou a queda do país nesse índice com os fogos florestais de 2017 e a "seca gravíssima" que atingiu o país.
Costa diz a Ventura que programa do Governo não muda "semana sim semana não"
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