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Cinco ativistas climáticos identificados por pintar de vermelho a fachada da FIL

Além da pintura, um outro grupo interrompeu um evento e acusou executivos de companhias aéreas de "milhares de mortes e de despejos provocados pela crise climática todos os anos".

Um grupo de ativistas climáticos interrompeu hoje o evento "World Aviation Festival", na FIL Lisboa, e pintou a fachada daquele recinto com tinta vermelha, tendo a PSP identificado cinco jovens.

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Segundo o comunicado da Climáximo, estiveram envolvidos jovens ligados a esta organização e à Scientist Rebellion, que chegaram cerca das 10:00 à FIL, pintaram de vermelho as paredes daquele espaço e exibiram uma faixa com a mensagem "Eles estão a matar-nos".

Entretanto, um outro grupo interrompeu uma conferência sobre o futuro da indústria da aviação na qual estavam presentes executivos de diversas companhias aéreas, entre as quais a TAP, acusando-os de serem responsáveis por "milhares de mortes e de despejos provocados pela crise climática todos os anos".

"As empresas, os governos e os ultra-ricos estão, deliberadamente, a matar e a despejar dezenas de milhares de pessoas por todo o mundo. Eles sabem o que estão a fazer, e mesmo assim não vão parar de queimar combustíveis fósseis, voar nos seus jatos privados, construir mais hotéis e planear mais aeroportos", afirmou Inês Teles, ativista da Climáximo.

A nota divulgada pela Climáximo revelou ainda que cinco ativistas foram identificados no local pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

Fonte oficial desta força de segurança esclareceu à Lusa que três pessoas foram identificadas no exterior do recinto, após libertarem a tinta vermelha, e outras duas foram identificadas no interior, onde se encontravam com tarjas e um megafone.

Após a identificação dos jovens pelas autoridades, o evento prosseguiu.

Este incidente surge na sequência de outro registado na terça-feira, no qual ativistas do grupo Greve Climática Estudantil atiraram tinta verde ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência da CNN sobre transição energética em que participavam as empresas Galp e EDP.

Poucos minutos após o início da conferência, quando o ministro tomou a palavra, os jovens dirigiram-se ao palco e atiraram tinta verde que atingiu Duarte Cordeiro na roupa e na cara, enquanto gritavam frases de contestação ao Governo.

"O Governo provou que não quer saber da transição climática ao fazer conferências com a EDP e a GALP", "Este vai ser o último inverno de gás", "Não permitimos que vendam o nosso futuro" e "A GALP e a EDP não querem saber da transição justa", foram algumas das frases que os jovens gritaram.

Os ativistas foram, entretanto, retirados da sala e a conferência foi interrompida para o ministro trocar de roupa e a sala ser limpa.

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