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Candidatura de Rui Moreira aposta na sustentabilidade

01 de julho de 2017 às 18:28
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O actual presidente da Câmara do Porto apresentou a sua recandidatura à autarquia, acompanhado de uma equipa "jovem, muito jovem"

O actual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, apresentou hoje a sua recandidatura à autarquia. O independente escolheu a "sustentabilidade" como "o próximo pilar a desenvolver e cumprir no mandato que se avizinha", caso seja eleito para edil.

Rui Moreira é notícia no 'New York Times'
Rui Moreira é notícia no 'New York Times'

Rui Moreira optou por lançar formalmente a candidatura do movimento Rui Moreira, Porto o Nosso Partido na Avenida das Tílias do Palácio de Cristal, no Porto. Na apresentação da lista para as autárquicas, o edil revelou que o ex-PSD Nuno Lemos, administrador da Porto Lazer, é agora apoiante do candidato independente. Luís Valente de Oliveira, fez o mesmo percurso anteriormente aceitou de novo ser o mandatário da candidatura de Moreira.

Moreira explicou que a sua candidatura vai continuar a apostar nos "três vectores" enunciados durante a primeira campanha, em 2013. Moreira garante que vai continuar a apostar "na cultura, na economia, na coesão social", acrescentando ainda: "A sustentabilidade será um novo pilar, o nosso quarto pilar para os próximos quatro anos".

Grande parte do discurso do autarca rondou o tema da sustentabilidade, considerando que esta era um "pilar transversal aos outros três, com incidência em domínios como o ambiente, a mobilidade, o reequilíbrio entre as várias zonas da cidade, a limpeza, as políticas ambientais, a sensibilização para as boas práticas e o civismo. Na verdade, esse quarto pilar não nasce hoje. Ele representa o enunciar de várias políticas que fomos já desenvolvendo e articulando durante o presente mandato".

O presidente da câmara sublinhou que para atingir esta sustentabilidade terão de ser realizadas algumas alterações "nomeadamente no domínio da habitação, que não se podem concentrar apenas no sector social", defendendo ainda a necessidade de garantir um "mercado de arrendamento na cidade, a preços acessíveis para a classe média, para as famílias numerosas, para os jovens".

Foi ainda referida a taxa turística que Moreira pretende implementar, cobrando uma taxa fixa de 2 euros, uma forma de garantir "as receitas indispensáveis para este investimento em habitação a ser arrendada a preço controlado".

Para o acompanhar, Rui Moreira disse ter escolhido "uma equipa jovem, muito jovem, para os próximos quatro anos. Uma equipa em que quase todos os candidatos a vereadores têm menos de 50 anos, mas com provas dadas e com um notável currículo e experiência mesmo autárquica".

Rui Moreira, empresário, 60 anos, foi o primeiro independente eleito presidente da Câmara do Porto e recandidata-se a um segundo mandato, com o apoio formal do CDS, que prescindiu de candidato próprio.

Eleito com 39,25% dos votos em 2013, o independente assegurou a governabilidade da cidade com um acordo pós-eleitoral com o PS. Elegeu seis vereadores, ficando a um mandato de obter maioria absoluta. Venceu também a eleição para a Assembleia Municipal e em cinco das sete juntas de freguesia.

Na corrida à câmara do Porto, para as eleições de 1 de Outubro, somam-se como candidatos Manuel Pizarro, pelo PS, o independente Álvaro Almeida, apoiado pelo PSD e pelo PPM, João Teixeira Lopes, pelo BE, e Ilda Figueiredo, pela CDU.

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