O Bloco de Esquerda de Braga repudiou as declarações do presidente da Câmara local sobre a colocação de pulseiras eletrónicas aos funcionários municipais para controlar a sua assiduidade.
OBloco de Esquerda(BE) de Braga repudiou hoje as declarações do presidente da Câmara local, Ricardo Rio, sobre a colocação de pulseiras eletrónicas aos funcionários municipais para controlar a sua assiduidade.
Em comunicado, o BE considera que as estruturas locais e nacionais doPSD"devem demarcar-se" daquelas declarações, "sob pena de o seu autarca ficar tristemente conhecido como o Neto de Moura dos funcionários autárquicos ou o André Ventura do Minho".
O caso registou-se na última reunião do executivo, quando o vereador daCDU, Carlos Almeida, interpelou Ricardo Rio sobre a necessidade da colocação dos torniquetes no edifício do Pópulo, lembrando que os trabalhadores já têm controlo de assiduidade e são obrigados a "picar o ponto".
Na resposta, e segundo um registo áudio divulgado pelo jornalDiário do Minho, Rio disse que há funcionários que "não são decididamente zelosos" em termos de assiduidade e que essas situações são de difícil escrutínio, pelo que foi necessário adotar "medidas extremas", traduzidas na colocação de torniquetes.
"Não podemos pôr pulseiras eletrónicas individuais em cada um dos colaboradores", acrescentou.
O vereador Carlos Almeida perguntou se, caso pudesse, punha as pulseiras aos colaboradores e Rio respondeu: "Em alguns, se calhar, punha".
O BE diz que "mais uma vez ficou provado" que o presidente da Câmara não tem "o mínimo de sentido institucional" e recorda que "a cruzada de Ricardo Rio contra os funcionários da autarquia não é nova, antes ficou bem patente na recusa da implementação das 35 horas ou na culpabilização das varredoras pelo mau estado de limpeza das ruas da cidade".
Para o BE, Rio deixa assim "bem claro que o seu sonho neoliberal de defesa do Estado mínimo não tem limites, mesmo que se vire contra si próprio e contra a gestão que lidera".
"Sabemos bem que, se Ricardo Rio pudesse, mandava embora grande parte dos funcionários para a rua e contratualizava com terceiros todos os serviços possíveis, uma vez que a sua noção de serviço público é nula, assim como nula é a noção de trabalho com direitos, tal como ficou uma vez mais demonstrada nesta infeliz demonstração do seu preconceito de classe", refere ainda o comunicado bloquista.
A Lusa tentou ouvir Ricardo Rio, que se escusou a tecer qualquer comentário sobre o assunto.
BE critica autarca por sugerir uso de pulseiras eletrónicas nos funcionários
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.