Dez anos após ter sido identificado o primeiro caso de VIH no país, foi criado o programa de troca de seringas, com o objectivo de prevenir as infecções entre as pessoas que utilizam drogas injectáveis.
Assim, numa altura em que mais de metade dos novos casos de sida era de pessoas com comportamentos aditivos, começou a distribuição de material esterilizado e da recolha e destruição das seringas usadas.
No ano passado, apenas 1,5% dos novos casos dizem respeito a esta população, disse o secretário de Estado da saúde, Fernando Araújo, em entrevista à agência Lusa.
"O nível de novos casos reduziu-se de forma muito significativa, o que significa que estamos a ter um sucesso dos melhores a nível europeu", salientou o responsável governamental.
O programa de troca de seringas serve para prevenir infecções pelo VIH, mas também pelos vírus das hepatites B e C e começou limitado às farmácias comunitárias, tendo posteriormente sido assegurado pelos centros de saúde e postos móveis.
"A luta no combate ao aparecimento de novos casos continua, independentemente de se tratar ou não de um grupo de risco, e este ano o Governo arrancou com um novo programa: a profilaxia pré-exposição" (PrEP), que permite proteger as pessoas de infecções através da toma de medicamentos, adiantou.
"Estamos a começar agora nos hospitais do país", contou Fernando Araújo, sublinhando que o ministério quer "agarrar todos os tratamentos para evitar novos casos".