O secretário-geral socialista recordou que o seu partido sempre recusou apoiar a continuação das políticas de "austeridade" do Governo
O secretário-geral do PS afirmou hoje que os socialistas advertiram desde o início que recusariam apoiar a continuação das políticas de "austeridade" do Governo PSD/CDS, que perdeu a maioria, e "palavra dada tem de ser palavra honrada".
António Costa falava na sessão de encerramento do debate do programa do XX Governo Constitucional, num discurso em que justificou as razões que levaram o PS a formalizar a entrega de uma moção de rejeição ao executivo PSD/CDS.
"Dissemos e repetimos que ninguém contasse com o PS para apoiar a continuação das políticas da coligação PSD/CDS. Palavra dada tem de ser palavra honrada e esta é a primeira razão para apresentarmos e votarmos uma moção de rejeição deste programa de Governo", sustentou o líder socialista.
No seu discurso, o líder socialista começou por sustentar a tese de que, na sequência das eleições legislativas, a coligação PSD/CDS "perdeu a maioria e está agora em minoria nesta Assembleia da República".
"Esta é a expressão aritmética e política da vontade de mudança que os cidadãos manifestaram nas urnas e que nos compete respeitar e fazer cumprir. O programa de Governo que nos foi apresentado não traduz esta vontade de mudança. Pelo contrário, é um programa de continuidade sem evolução", advogou.
A expressão "palavra dada tem de ser palavra honrada", repetida por António Costa, gerou imediatamente violentos protestos das bancadas do PSD/CDS, obrigando o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a pedir silêncio no hemiciclo.
De acordo com António Costa, o programa da coligação PSD/CDS "prossegue a austeridade para além datroika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), defende um modelo de desenvolvimento assente no empobrecimento e na destruição de direitos, aposta no enfraquecimento do Estado social e na privatização dos serviços públicos, que se conforma com uma postura submissa na União Europeia, sem se bater, na defesa dos interesses nacionais, por um reforço da coesão e um novo impulso à convergência".
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