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Alegado radical islamita detido perto de base militar em França

Ex-militar francês, vigiado devido a radicalização islamita, foi detido esta sexta-feira pela secção antiterrorista da procuradoria de Paris

Um ex-militar francês de 34 anos, vigiado devido a radicalização islamita, foi detido esta sexta-feira. Foram encontradas armas encontradas perto da base militar de Évreux, a norte de Paris, disse fonte próxima da investigação.

"Uma espingarda, dois revólveres e munições" foram descobertos num matagal próximo daquela base aérea, a uma centena de quilómetros a noroeste de Paris, onde o antigo soldado foi detido, precisou a mesma fonte.

A secção antiterrorista da procuradoria de Paris assumiu a investigação do caso.

A descoberta ocorreu dois dias antes da segunda volta das presidenciais francesas, disputadas pelo centrista Emmanuel Macron, que as sondagens apontam como favorito, e pela dirigente da extrema-direita Marine Le Pen, num contexto de uma elevada ameaça terrorista no país.

O ex-militar, considerado como tendo um "perfil psicológico muito instável", era objeto de apertada vigilância desde 2014 devido à sua radicalização islamita.

No seu carro foi encontrado um exemplar do Corão e um cartucho de munição, indicou uma fonte próxima do dossier.

Os investigadores procuram determinar se o homem tinha a intenção de realizar um ato violento ou se se tratava de uma etapa preparatória.

A 20 de Abril, dois dias antes da primeira volta das presidenciais, um polícia foi morto nos Campos Elísios em Paris, tendo o ataque sido reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, na origem da maioria dos atentados que causaram 239 mortos em França desde Janeiro de 2015.

Editorial

Salazar ainda vai ter de esperar

O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.