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A selva de Calais começou a ser evacuada

Operação deverá demorar uma semana. Há mais de mil menores isolados neste campo de refugiados

Os migrantes que residem no campo conhecido como a "selva" em Calais, França, reuniram-se hoje no ponto de encontro determinado pelas autoridades para dar início à evacuação do espaço, avança a agência de notícias AFP.

O grupo apresentou-se pelas 6 horas (5 horas em Lisboa) com malas e mochilas junto do armazém que está a servir como centro das operações, que têm como objectivo transportar entre seis mil e oito mil migrantes para centros de acolhimento em todo o país.

As autoridades francesas disseram na sexta-feira que o campo de Calais, no norte de França e perto do canal da Mancha, onde se concentraram milhares de migrantes, começaria a ser evacuado a partir de hoje.

Prometido desde há várias semanas pelo governo socialista, esta operação acentuou a polémica sobre o acolhimento dos migrantes em França, a alguns meses das eleições presidenciais.

O assunto suscitou também tensões entre Paris e Londres.

A última estimativa oficial refere-se a 6.400 pessoas na "selva" de Calais.

"Teremos sucesso neste desafio humanitário", prometeram os ministros do Interior, Bernard Cazeneuve, e da Habitação, Emmanuelle Cosse, em artigo publicado na sexta-feira no diárioLe Monde, enquanto as ONG no terreno alertaram contra os riscos de "catástrofe" de uma operação precipitada.

O destino de 1.290 menores que se encontram isolados no campo constitui um dos aspectos mais complexos desta operação, com muitos a referirem pretender alcançar o Reino Unido, onde dizem ter familiares.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.