NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
O procurador-geral da República (PGR) admitiu hoje que o inquérito do processo Tutti Frutti demorou "muito tempo" a ser concluído, ressalvando que a investigação acelerou depois de ter sido criada, em 2023, uma equipa especial para o caso.
"Oito anos é muito tempo, é verdade. Mas nós queremos que esses prazos acabem", afirmou Amadeu Guerra, à saída de uma reunião de trabalho com magistrados do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Central Administrativo Sul, em Lisboa.
Sérgio Lemos
O PGR sustentou, ainda assim, que, após "uma fase inicial em que a Polícia Judiciária não tinha os meios que tem hoje", o "processo andou de forma muito rápida" a partir do momento em que a sua antecessora, Lucília Gago, constituiu em 2023 uma equipa especial com procuradores e elementos daquele órgão de investigação criminal.
"Aí não há nada a dizer relativamente à Polícia Judiciária, antes pelo contrário. Fizeram um trabalho muito meritório e que contribuiu exatamente para conseguirmos em dois anos recuperar o tempo possível", frisou.
Amadeu Guerra disse ainda concordar com a ideia defendida na quarta-feira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que "uma justiça tardia não é uma justiça tão justa quanto uma justiça rápida".
Questionado se se pode esperar que, a partir de agora, os inquéritos sejam mais céleres, o líder máximo do Ministério Público respondeu estar confiante que sim.
"Estamos a fazer um grande esforço no sentido de sensibilizar os magistrados. Nestas visitas que tenho feito,[...] eu chamo a atenção para os aspetos de celeridade, para o pragmatismo que deve haver, para a prioridade em também encerrar os processos antigos e, se forem suscetíveis de acusação, fazer as acusações", assegurou o PGR.
O diálogo com os órgãos de polícia criminal para que sejam "mais céleres" e não alterem a constituição de equipas alocadas a um determinado caso, bem como a extração, quando é possível, de certidões dos inquéritos, permitindo uns crimes sigam para julgamento enquanto outros continuem a ser investigados, têm sido algumas das diligências feitas.
O Ministério Público acusou, a 04 de fevereiro, 60 pessoas de, no global, 463 crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem.
Entre os arguidos, há deputados na Assembleia da República, presidentes de juntas de freguesia em Lisboa e vereadores na capital do PSD e do PS, suspeitos de adjudicações a empresas como contrapartida, sobretudo, à concessão de apoio político local.
Alguns dos acusados suspenderam ou renunciaram entretanto aos mandatos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres