Secções
Entrar

Varíola dos macacos: UE regista já 85 casos

23 de maio de 2022 às 15:28

Dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças revelam que, entre 15 e 23 de maio, foram comunicados 85 casos em oito Estados-membros, entre os quais Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia.

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) recomendou esta segunda-feira aos países que atualizem os meios de rastreio e diagnóstico para o vírus monkeypox, quando já existem 85 casos em oito Estados-membros da União Europeia (UE).

Num relatório de avaliação de riscos, o ECDC pede aos países da UE e do Espaço Económico Europeu que "se concentrem na rápida identificação, gestão, localização de contactos e notificação de novos casos de varíola dos macacos".

"Os países devem também atualizar os seus mecanismos de rastreio de contactos, a capacidade de diagnóstico [...] e rever a disponibilidade de vacinas contra a varíola, antivirais e equipamento de proteção pessoal para profissionais de saúde", acrescenta.

Dados do ECDC revelam que, entre 15 e 23 de maio, foram comunicados 85 casos de Monkeypox em oito Estados-membros da UE, entre os quais Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia.

Explicando que a "transmissão pode ocorrer através de contacto próximo de mucosa ou pele não intacta com material infeccioso das lesões ou através de grandes gotículas respiratórias durante o contacto prolongado face a face", o centro europeu admite também risco de transmissão sexual.

Citada pela nota, a diretora do ECDC aponta "maior propagação do vírus através de contacto próximo", embora frise que "a maioria dos casos atuais apresentem sintomas ligeiros de doença e, para a população em geral, a probabilidade de propagação é muito baixa".

Já a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, admite "preocupação com o aumento do número de casos notificados demonkeypoxna UE e a nível global", pedindo que os países "permaneçam vigilantes".

Em Portugal, o número de casos confirmados subiu para 37 e estão distribuídos pelas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte e Algarve, anunciou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS), adiantando que os doentes estão "estáveis e em ambulatório".

A DGS indica, em comunicado, que foram confirmados mais 14 casos de infeção humana pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, o que fez aumentar para 37 o número total de casos confirmados até ao momento em Portugal.

Segundo a DGS, estão em curso os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos.

A DGS aconselha as pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, a procurar aconselhamento médico. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o recente surto afeta 12 países, onde foram notificados 92 casos.

Estima-se que as infeções em pessoas que ocorreram fora de África estejam ligadas a viagens internacionais ou a animais importados. O período de incubação (tempo desde a infeção até ao aparecimento dos sintomas) do vírus Monkeypox é geralmente de sete a 14 dias.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela