Reunião entre Governo e agricultores ainda hoje vai definir o rumo do protesto na A25
Ministra da Agricultura vai reunir com manifestantes por videoconferência.
Os agricultores em protesto na A25, no Alto de Leomil, concelho de Almeida, aguardam pelo resultado de uma reunião com a ministra da Agricultura, a realizar hoje por videoconferência, para decidir que rumo dar ao bloqueio iniciado de madrugada.
O representante do Movimento Civil de Agricultores, Paulo Tomé, comunicou aos agricultores, por volta das 17:30, que já tinham sido apresentadas propostas e que aguardavam resultados da reunião com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, "para saber se iria haver novidades".
O encontro estará a ser realizado a partir de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco.
O representante explicou aos manifestantes que as propostas mais urgentes passam pelo pagamento imediato de alguns valores em dívida, alguns retidos no dia 25 de janeiro e outros relacionados com as pastagens.
O movimento exige também "ser uma voz ativa na negociação do novo quadro comunitário de apoio".
"São medidas aprovadas em Lisboa que se adaptam ao distrito da Guarda e não se adaptam a Castelo Branco. Queremos fazer uma adaptação do quadro comunitário", salientou Paulo Tomé.
O representante disse que a região das Beiras foi exemplar no protesto que decorreu hoje a nível nacional e destacou que "não houve problemas nem desacatos, não sendo necessário a GNR intervir".
Os agricultores estão concentrados em protesto junto ao Alto de Leomil, bloqueando a circulação na A25 desde as 06:15 entre o nó de Pínzio, no concelho de Pinhel, e Vilar Formoso, concelho de Almeida.
O protesto, uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). O pacote abrange entre outras medidas à produção, no valor de 200 milhões de euros, assegurando a cobertura das quebras de produção e a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros, com taxa de juro zero.
Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira pelo movimento, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.
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