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Reunião entre Governo e agricultores ainda hoje vai definir o rumo do protesto na A25

Lusa 01 de fevereiro de 2024 às 19:53

Ministra da Agricultura vai reunir com manifestantes por videoconferência.

Os agricultores em protesto na A25, no Alto de Leomil, concelho de Almeida, aguardam pelo resultado de uma reunião com a ministra da Agricultura, a realizar hoje por videoconferência, para decidir que rumo dar ao bloqueio iniciado de madrugada.

REUTERS/Pedro Nunes

O representante do Movimento Civil de Agricultores, Paulo Tomé, comunicou aos agricultores, por volta das 17:30, que já tinham sido apresentadas propostas e que aguardavam resultados da reunião com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, "para saber se iria haver novidades".

O encontro estará a ser realizado a partir de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco.

O representante explicou aos manifestantes que as propostas mais urgentes passam pelo pagamento imediato de alguns valores em dívida, alguns retidos no dia 25 de janeiro e outros relacionados com as pastagens.

O movimento exige também "ser uma voz ativa na negociação do novo quadro comunitário de apoio".

"São medidas aprovadas em Lisboa que se adaptam ao distrito da Guarda e não se adaptam a Castelo Branco. Queremos fazer uma adaptação do quadro comunitário", salientou Paulo Tomé.

O representante disse que a região das Beiras foi exemplar no protesto que decorreu hoje a nível nacional e destacou que "não houve problemas nem desacatos, não sendo necessário a GNR intervir".

Os agricultores estão concentrados em protesto junto ao Alto de Leomil, bloqueando a circulação na A25 desde as 06:15 entre o nó de Pínzio, no concelho de Pinhel, e Vilar Formoso, concelho de Almeida.

O protesto, uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). O pacote abrange entre outras medidas à produção, no valor de 200 milhões de euros, assegurando a cobertura das quebras de produção e a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros, com taxa de juro zero.

Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira pelo movimento, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.

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