Nuno Melo ataca aquela "direita que se acobarda"
O eurodeputado centrista recusa o "politicamente correto, que é definido à esquerda", e garante que pensa pela sua própria cabeça e faz da sua voz "um exercício de liberdade".
Nuno Melo, cabeça de lista doCDSàs europeias, insurgiu-se hoje contra a "direita que se acobarda" e se deixa condicionar pela "cartilha dos outros", politicamente correto e não fala do Vox porque pensa que isso dá votos.
"Não sou como uma certa direita, que se acobarda. Porque acha que, acobardando-se, e seguindo a cartilha dos outros, e o aplauso deles, ganha votos. Não ganha", disse Nuno Melo a algumas dezenas de simpatizantes e militantes do partido, durante o almoço comemorativo do Dia do Trabalhador na Costa da Caparica (Almada), distrito deSetúbal.
Sem problemas, disse, de falar deEspanha, depois da controvérsia lançada com a afirmação de que o partido Vox não é de extrema-direita, o eurodeputado atacou a duplicidade de critérios quando não se aplica rótulo de "radical" ao Podemos, que tem um líder, Pablo Iglésias, que considera a Venezuela "uma das democracias mais saudáveis do mundo" ou a abolição da economia do mercado.
O eurodeputado centrista recusa o "politicamente correto, que é definido à esquerda", e garante que pensa pela sua própria cabeça e faz da sua voz "um exercício de liberdade".
Nuno Melo não identificou o partido ou partidos a que se referia exatamente, e, no discurso, aproveitou para reclamar para o CDS o papel de "partido de direita".
E exemplificou que o PSD reivindica ser do "centro-direita", o seu líder, Rui Rio, afirma-se "de centro-esquerda", Paulo Rangel, seu adversário dos sociais-democratas nestas eleições europeias, escreveu que nunca foi de direita.
Perante esse cenário, o número um da lista centrista afirmou que o CDS é "um partido da liberdade, da democracia", sem duplos critérios de apoios a "partidos totalitários" e a "única escolha possível para quem é de direita em Portugal".
"E digo-o com muito orgulho de quem pertence a um partido que não tem vergonha de ser de direita, que não sente desconforto em ser da direita", afirmou.
As eleições europeias em Portugal estão agendadas para 26 de maio.
Edições do Dia
Boas leituras!