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Autárquicas: Carla Tavares (PS) diz que resolução da Cova da Moura levará 10 a 15 anos

20 de setembro de 2021 às 16:23

"É um processo complexo e moroso. Não é realista dizer que vamos resolver a Cova da Moura em quatro anos", defende candidata socialista à câmara da Amadora.

A candidata do PS à Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, afirmou hoje que a resolução do problema de carência habitacional do bairro da Cova da Moura demorará entre 10 a 15 anos, ressalvando a complexidade do processo.

"É um processo complexo e moroso. Não é realista dizer que vamos resolver a Cova da Moura em quatro anos. Eu gostava muito de prometer isso aos amadorenses, mas não posso prometer porque sei que isso não é tecnicamente e humanamente possível de acontecer", sublinhou a candidata socialista.

Carla Tavares, que concorre a um terceiro mandato como presidente da Câmara Municipal da Amadora, falava à agência Lusa no final de um comício que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e onde foi assinado, em conjunto com todos os candidatos socialistas da Área Metropolitana de Lisboa (AML), um compromisso em matéria de habitação.

Para solucionar a carência habitacional dos cerca de seis mil moradores do bairro da Cova da Moura, na freguesia das Águas Livres, a autarquia terá de adquirir terrenos (privados), preparar os procedimentos e concretizar novas construções.

"Nós achamos que, razoavelmente, entre aquisição de terrenos, preparação de procedimentos e construção estamos a falar seguramente de 10 a 15 anos", estimou.

Além do bairro da Cova da Moura, onde vivem cerca de seis mil pessoas, a cabeça de lista do PS tem também como prioridade resolver nos próximos anos a situação habitacional precária dos moradores da Encosta da Paiã, localizada na freguesia da Encosta do Sol (Alfornelos e Brandoa).

"Do último levantamento feito, estamos a falar de 600 pessoas. Casos de construção ilegal, prédios em que não é possível, maioritariamente, legalizar e prédios em que é possível promover a sua demolição", explicou.

Carla Tavares referiu que o objetivo é que, no âmbito da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), a Encosta da Paiã não tenha construção para "não fomentar a especulação imobiliária.

"Após as eleições, vamos iniciar o processo de aquisição, que será um processo faseado. Achamos que grande parte das situações da Encosta da Paiã têm todas as condições para continuar nesta freguesia", perspetivou.

Além de Carla Tavares, concorrem à presidência da Câmara Municipal da Amadora (distrito de Lisboa) Suzana Garcia (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PDR), António Borges (CDU), Deolinda Martin (BE), José Dias (Chega), Carlos Macedo (PAN), Gil Garcia (MAS), Nuno Ataíde (IL) e Henrique Tigo (PPM/RIR).

O atual executivo é formado por sete eleitos do PS, dois da coligação Amadora Mais (PSD/CDS-PP), um da CDU (PCP/PEV) e um do BE.

As eleições para os cidadãos escolherem a configuração de executivos municipais, assembleias locais e juntas de freguesia estão marcadas para domingo.

Em Portugal, há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira) e 3.092 freguesias (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).

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