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Justin Baldoni contra-ataca e processa Blake Lively em 400 milhões de dólares 

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 17 de janeiro de 2025 às 22:12
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O ator e realizador recusa as acusações de assédio feitas por Blake Lively, e processou a atriz e o marido desta, Ryan Reynolds.

O ator e realizador de Isto Acaba Aqui, Justin Baldoni, processou a sua coprotagonista Blake Lively e o marido desta, Ryan Reynolds, por difamação e extorsão como resposta às acusações inicialmente feitas pela atriz no mais recente episódio do escândalo que envolve o êxito de bilheteira.  

REUTERS/Caitlin Ochs

O processo deu entrada num tribunal federal de Nova Iorque e está assinado por Justin Baldoni e pela produtora Wayfarer Studios. Os queixosos pedem pelo menos 400 milhões de dólares (aproximadamente 390 milhões de euros) por danos que incluem perda de lucros futuros. Lively e Reynolds são denunciados por sequestrar a produção e o marketing de Isto Acaba Aqui de forma a difamar Justin Baldoni e outros membros da produção com falsas alegações de assédio.  

"Este é um caso onde duas das estrelas mais poderosas do mundo utilizaram o seu enorme poder para roubar um filme inteiro do seu realizador e estúdio de produção", acusam, antes de explicar que "quando os esforços de Lively e Reynolds falharam, voltaram a sua fúria para o bode expiatório escolhido".  

Este processo deu entrada duas semanas depois de Blake Lively processar o ator e outras pessoas envolvidas na produção por tratamentos indivíduos no set de filmagem. Agora, os seus advogados consideraram que o novo processo se trata de "outro capítulo no manual do agressor".  

"Esta é uma história antiga, uma mulher demonstra evidências concretas de assédio sexual e retaliação e o agressor tenta virar o jogo contra a vítima", referiram os advogados de Lively numa declaração prestada na quinta-feira à noite. "Isto é o que os especialistas chamam de DARVO (Negar Atacar Reverter Vítima Agressor, na sigla em inglês)".  

Isto Acaba Aqui chegou às salas de cinema em agosto de 2024 e é baseado num romance bestseller de 2016 de Colleen Hoover. O drama romântico assume um rumo sombrio com várias cenas de violência doméstica.  

O processo colocado agora pelo realizador defende que "de forma devastadora, um filme de Baldoni imaginou para homenagear as sobreviventes de violência doméstica contando as suas histórias, com o objetivo nobre de causar um impacto positivo no mundo, foi agora ofuscado com o resultado das ações e da crueldade de Lively".  

A atriz é acusada de alterar a verdade a seu favor uma vez que "era tão próxima e estava tão confortável com Baldoni que amamentava livremente à sua frente durante as reuniões", episódios que mais tarde terá aproveitado para transformar em acusações de má conduta e assédio sexual. 

Além disso, Reynolds acusou Baldoni de "envergonhar a sua esposa por ser gorda", o que o ator nega, justificando que tem problemas nas costas e que perguntou educadamente e em privado o peso de Lively para que pudesse trabalhar com o seu treinador com vista a conseguir levantá-la em segurança durante o filme. "Na verdade, Lively tinha expressado a sua insegurança sobre o seu corpo pós-parto, e Baldoni tentou tranquilizá-la genuinamente", refere o processo.  

Anteriormente, Justin Baldoni já tinha dado entrada com um processo contra o New York Times por difamação, acusando o jornal de trabalhar com Lively para o difamar. O jornal já respondeu que mantém a sua reportagem e que planeia "defender-se vigorosamente" contra as alegações. Em causa, está a publicação de mensagens entre os dois atores que ajudariam a provar o caso de assédio. Porém, segundo Baldoni, existiram mensagens que foram eliminadas da conversa.  

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