Meses após a estreia do filme “Isto acaba aqui", a atriz deu entrada com um processo civil em que acusava Baldoni de assédio e de uma campanha difamatória. Agora, ele acusa jornal que deu a história de difamação e Lively deu entrada com processo criminal.
A 21 de dezembro o The New York Timesdava conta de que a atriz Blake Levely tinha entrado com uma ação judicial contra o co-protagonista do seu último filme - Isto Acaba Aqui -, Justin Baldoni, e a sua equipa de relações públicas, acusando-os de fabricarem uma campanha de desinformação e um esquema para "destruir" a sua reputação e denunciando situações de assédio durante as gravações do filme.
Reuters/DR
Na terça-feira, 31 de dezembro, Baldoni avançou com um processo contra o jornal nova-iorquino, acusando os jornalistas de trabalharem com a atriz para deliberadamente prejudicar a sua reputação, ignorando provas que contradiziam as queixas feitas inicialmente por Lively. No mesmo dia a atriz, deu entrada com um processo, desta vez criminal, em Nova Iorque (o caso civil segue na Califórnia) seguindo as mesmas denúncias do processo civil, noticiado antes do Natal.
Os processos judiciais chegam meses após a estreia do filme no início de agosto e depois de muitos rumores sobre a relação conflituosa entre os protagonistas. Nas redes sociais circularam vários vídeos chamando à atenção para certos comportamentos da atriz durante o período de promoção do filme, que aborda o tema de violência doméstica.
No processo de Baldoni, este alega discrepâncias em relação às mensagens de texto divulgadas no processo interposto por Lively e o que de facto terá acontecido. O protagonista e realizador do filme pede, por isso, 250 milhões de dólares (cerca de 242 milhões de euros) ao New York Times. A Variety descreve, ao dar conta do processo de Baldoni, a troca de mensagens a 2 de junho de 2023, entre os dois atores sobre a atualização do guião e o ensaio das falas em conjunto, como um dos exemplos. "Estou a amamentar na minha caravana, se quiseres passar por cá e trabalhar nas nossas falas", diz a atriz, ao que Baldoni responde: "Entendido, estou a comer com a equipa e já vou para aí". Dezoito meses depois, a interação foi retratada pelo The New York Times como um ato inapropriado escrevendo que Lively acusa Baldoni de ter entrado "repetidamente na sua caravana de maquilhagem sem ser convidado enquanto ela estava despida, incluindo quando estava a amamentar".
Baldoni faz parte de um grupo de 10 queixosos, que inclui duas pessoas da sua equipa de relações públicas, Melissa Nathan e Jennifer Abel, que estão a processar o jornal por difamação e invasão de privacidade. A queixa de 87 páginas acusa o jornal de retratar Lively como uma atriz que, alegadamente, enfrentou meses de assédio sexual por parte de Baldoni e o produtor Jamey Heath e que, supostamente, enfrentou retaliações sob a forma de uma campanha de difamação por ter manifestado as suas preocupações.
Mas, de acordo com o processo de Baldoni, foi Lively que embarcou numa campanha de difamação "estratégica e manipuladora" e utilizou falsas "alegações de assédio sexual para afirmar um controlo unilateral sobre todos os aspetos da produção". Além disso, o marido de Lively, o também ator Ryan Reynolds, alegadamente repreendeu Baldoni de forma agressiva durante uma reunião em Nova Iorque. O processo alega que o ator também pressionou a agência de talentos de Baldoni, a WME, a abandonar o realizador durante a estreia de Deadpool e Wolverine, em julho.
Uma outra alegação feita por Lively centrou-se no facto de Heath lhe ter mostrado um vídeo da sua mulher nua, que a queixa considera "pornografia". De acordo com a ação judicial de Baldoni, esta acusação "é manifestamente absurda" uma vez que "o vídeo em questão era uma gravação da mulher de Heath durante o seu parto em casa, sem qualquer conotação sexual", e foi mostrado a Lively como parte de uma discussão criativa sobre uma cena de parto do filme. "Distorcer este acontecimento benigno num ato de má conduta sexual é emblemático dos limites de Lively e do que os seus colaboradores estão dispostos a fazer para difamar" os queixosos, diz o argumento.
Quanto à alegação de que Baldoni descreveu o vestuário de Lively como sendo "sexy", o processo do ator chama-lhe "exagerado e enganador". As trocas de mensagem mostram a atriz a usar a mesma palavra quando escreveu que a roupa da sua personagem devia ser "muito mais sexy". "Vou mostrar-vos as duas coisas, mas o gorro é muito mais sexy", escreveu ela, no que parecia ser a sua escolha de uma opção de vestuário para a personagem.
À parte destas polémicas, o filme tornou-se um êxito, conseguindo arrecadar cerca de 340 milhões de euros, apesar de ter tido um orçamento de apenas 24 milhões de euros.
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