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Arguido por homicídio de Tupac Shakur quer atrasar julgamento

Leonor Riso 17 de fevereiro de 2025 às 07:00

A defesa de Duane "Keffe D" Davis quer mais tempo para entrevistar testemunhas e para permitir investigações por parte de peritos forenses e médicos.

O caso do homicídio do rapper Tupac Shakur pode sofrer mais uma reviravolta. A defesa do suspeito do crime, que foi detido em 2023, quer mais tempo para investigar alegações de que Duane "Keffe D" Davis não estava no local do tiroteio, nem sequer estava em Las Vegas, onde Shakur foi alvejado aos 25 anos. Viria a morrer no hospital. 

Ethan Miller/Pool Photo via AP, File

De acordo com uma moção interposta a 14 de fevereiro, citada pela Associated Press, um investigador privado identificou testemunhas que provam que Keffe D não estava no local. O documento também sugere que outra pessoa pode ter planeado o tiroteio e que há testemunhas a serem entrevistadas, por isso, é necessário mais tempo para garantir que o arguido tem um julgamento justo. 

Na terça-feira, dia 18, haverá uma audiência para analisar os novos desenvolvimentos. "Este caso envolve alegações com décadas, e com cada novo pedaço de prova, torna-se cada vez mais claro que há factos críticos que ainda carecem de exame", sustenta o advogado Carl Arnold, que defende Davis.  

Tupac Skakur seguia, a 7 de setembro de 1996, num BMW conduzido por Marion "Suge" Knight. Esperavam que o semáforo ficasse verde quando foram alvejados por um Cadillac branco que parou ao pé deles. 

Ralph Dominguez/MediaPunch /IPX

O próprio Suge Knight acabou por ser condenado por homicídio de um outro homem em 2018, e cumpre uma pena de 28 anos de prisão. Tem agora 59 anos. 

O suspeito da morte de Tupac Shakur era líder de um gangue e diz-se inocente, apesar de na sua autobiografia Compton Street Legend, ter escrito que arranjou o carro usado no crime, bem como a arma, e que estava a bordo do veículo. Agora, diz que as alegações foram "feitas para propósitos de entretenimento e para fazer dinheiro". Era há muito um dos quatro suspeitos identificados no início da investigação. 

O advogado do arguido diz ainda ele nunca deveria ter sido acusado por causa de acordos de imunidade que fez com as autoridades na Califórnia, mas os procuradores dizem que os acordos são limitados e que têm provas fortes contra Davis. 

A defesa diz ainda ter informações de que Tupac Shakur se encontrava estável depois do tiroteio e que morreu repentinamente depois de ter sido hospitalizado durante uma semana. Por isso, estão a analisar outras possíveis causas da morte com peritos forenses e médicos. 

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