
Os novos recordes do ouro
Rússia e China substituíram a Europa na corrida ao metal dourado. Em Londres, há filas de semanas para o retirar de cofres subterrâneos - à boleia da incerteza dos mercados.
Rússia e China substituíram a Europa na corrida ao metal dourado. Em Londres, há filas de semanas para o retirar de cofres subterrâneos - à boleia da incerteza dos mercados.
As palavras de Trump, levadas até às últimas consequências, apontam para outro destino - a tirania. Os europeus conhecem bem esse destino porque aprenderam com a sua miserável história.
Trump anunciou a intenção de afastar Lisa Cook do banco central norte-americano depois de surgirem acusações de que a governadora designou duas casas como residência principal para obter condições de empréstimos mais favoráveis.
O Presidente dos Estados Unidos não abranda nos ataques ao líder da Reserva Federal norte-americana.
Após a recusa de Powell em baixar taxas de juro, Trump disse que isso está a custar "triliões" ao país, que está a "pagar o preço" por o presidente da Fed ser um "completo falhado".
Depois de semanas em que Trump insultou repetidamente Jerome Powell, o presidente foi desmentido pelo presidente da Reserva Federal.
O fórum, composto por 11 países do Sul Global e liderado pela China e pela Rússia, começou no domingo e conclui hoje a 17ª reunião de chefes de Estado e de Governo.
Com a independência da Reserva Federal em causa esboça-se um cenário de descontrolo crescente devido a riscos de inflação e retirada dos investidores do mercado obrigacionista norte-americano.
Há "tanta incerteza" em torno do impacto destas tarifas sobre as importações que a Fed prefere não alterar as suas taxas por enquanto, explicou Powell, numa conferência de imprensa.
Esta quarta-feira o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, também adotou um tom mais otimista em relação à China, referindo: "Se a China leva a sério a redução da dependência do crescimento industrial impulsionado pelas exportações e o reequilíbrio em direção a uma economia doméstica... vamos reequilibrar juntos".
A guerra comercial iniciada pelo executivo norte-americano, desde que Donald Trump regressou à Casa Branca, resultou em 145% de taxas alfandegárias adicionais sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos, e 125% decididas por Pequim, em retaliação sobre os bens provenientes dos Estados Unidos.
Desde 02 de abril, a guerra comercial intensificou-se com o anúncio dos EUA de tarifas recíprocas. Contudo, esta política tarifária acabou por sofrer um retrocesso face ao impacto nos mercados e ao aumento do custo de financiamento da dívida dos EUA.
A primeira-ministra italiana visitou a Casa Branca com o intuito de agilizar um acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, antes da pausa de 90 dias.
Para a economia, a incerteza já causa, por si só, um dano antes da confirmação de más notícias. A de hoje é recorde, o que nos diz algo, não tudo, sobre o que aí vem.
Trump estava pronto para aguentar as quedas em Wall Street se houvesse o comportamento normal nestas alturas: uma fuga para o refúgio dos títulos do Tesouro. Aconteceu o oposto, com muita dívida soberana dos EUA a ser despejada no mercado. O risco de uma crise financeira forçou a mão do presidente dos EUA.
A Casa Branca confirmou hoje que os Estados Unidos passarão a taxar a 104% as importações chinesas a partir de quarta-feira, cumprindo a ameaça de aumento das tarifas em 50 pontos percentuais.