Sábado – Pense por si

A primeira coisa que a liberdade me deu

Aquilo que era impensável no Estado Novo tornou-se possível depois da revolução. Doze personalidades contam à SÁBADO aquilo que puderam fazer depois de derrubada a ditadura. Usar minissaias, ver a família, apoiar os presos políticos ou simplesmente regressar a Portugal.

Lucília Galha

Sousa Tavares: A história de uma família rebelde

Uma aristocrata que faz poesia casa-se com um advogado antifascista. Têm cinco filhos que herdam os seus talentos. Na terceira geração, há dois netos que escrevem como os avós, e outro que dirige uma orquestra. Os Sousa Tavares nunca foram convencionais e tornaram-se numa das famílias mais mediáticas do País.

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Vanda Marques

“Fui preso e adorei. Aprende-se tanto em situações de miséria”

Um agente da PIDE partiu-lhe a cabeça, mas não perdeu o ânimo nas três semanas em que esteve em Caxias. Durante o confinamento, aprendeu a usar esfregona e lixívia e não quer parar de trabalhar, a reforma aterroriza-o. Aos 72 anos, Jorge Silva Melo continuava a acordar às 4h da manhã. Morreu esta segunda-feira, aos 73 anos.

Tiago Carrasco

Advogado e político ao espelho

Defendeu presos políticos como o comunista Domingos Abrantes. Spínola considerou-o um perigoso esquerdista e o embaixador dos EUA Carlucci descreveu-o como “fala-barato”. Enfureceu várias vezes Soares e avançou para a câmara de Lisboa quando ninguém no PS queria.

João Pedro George

25 de abril: um apóstolo do socialismo

Agora sabemos que há, pelo menos, dois Megas: o propagandista do Estado Novo e o marxista-leninista do PREC; o negacionista de Wiriamu e o gestor cultural que navega nas turvadas águas do PS. A sua produção discursiva, antes e depois do 25 de Abril, demonstra de que lado sempre quis estar: do lado de quem tem o poder. No fim de contas, Mega limitou-se a mudar para que Mega pudesse ficar na mesma.

João Pedro George

Operação Marosca

A 16 de Dezembro de 1972, quatro caças-bombardeiros largaram várias bombas nas povoações de Wiriamu, Juwau e Chawola. Enquanto isso, cinco helicópteros desembarcavam quatro grupos da 6ª Companhia de Comandos, Grupos Especiais de Pára-quedistas, mercenários e agentes da PIDE/DGS, os quais cercaram as aldeias e desataram a metralhar os aldeões, incluindo mulheres e crianças.

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