Sábado – Pense por si

Operação Marosca

João Pedro George
João Pedro George 30 de janeiro de 2021 às 18:00

A 16 de Dezembro de 1972, quatro caças-bombardeiros largaram várias bombas nas povoações de Wiriamu, Juwau e Chawola. Enquanto isso, cinco helicópteros desembarcavam quatro grupos da 6ª Companhia de Comandos, Grupos Especiais de Pára-quedistas, mercenários e agentes da PIDE/DGS, os quais cercaram as aldeias e desataram a metralhar os aldeões, incluindo mulheres e crianças.

A Operação Marosca – nome de código da incursão militar de represália ou vingança pelas emboscadas lançadas pelos independentistas, semanas antes, contra grupos de soldados portugueses, dando assim a entender que a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) conseguira infiltrar-se entre a população civil nativa, com o objectivo, entre outros, de boicotar a construção da barragem de Cabora Bassa (segundo a PIDE, a Frelimo teria conseguido instalar na região uma base com cerca de 300 guerrilheiros) – envolveu vários grupos dos Comandos, elementos da PIDE/DGS, o Batalhão de Caçadores 17 e a Força Aérea Portuguesa.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.