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A carta entregue 50 anos depois (por causa de uma capa da SÁBADO)

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 18 de novembro de 2025 às 23:00

Olívia Tomé encontrou num artigo da SÁBADO - sobre a fuga de Angola em 1975 - o destinatário de uma carta com meio século, que a sua mãe nunca conseguiu entregar e que guardou. A filha cumpriu agora a missão.

Olívia Tomé estava na estação de metro do Marquês, em Lisboa, quando viu na montra de um quiosque a sobre as histórias de fugas dramáticas de Angola em 1975, publicada em julho passado – Olívia, 70 anos, veio de Angola naquele ano e ficou com os olhos presos na revista. “Li, comovi-me, mas não associei logo”, conta. “Só passados quatro ou cinco dias voltei a olhar para a capa e pensei na carta que a minha mãe guardou – fui reler o artigo e, depois, procurei a carta”, continua.

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