
Rocha diz deixar partido com "total autonomia"
O ex-líder da IL fez um balanço dos seus dois anos à frente do partido, elencando propostas que foram apresentadas na área da saúde, habitação, impostos ou da reforma do Estado.
O ex-líder da IL fez um balanço dos seus dois anos à frente do partido, elencando propostas que foram apresentadas na área da saúde, habitação, impostos ou da reforma do Estado.
Os partidos debateram o programa apresentado pela AD esta terça-feira. Houve várias críticas, até pelas medidas alheias incluídas pelo Governo no programa.
"Não quero ninguém na administração pública por ter cartão partidário, mas também não quero ninguém na administração pública a fazer contravapor a quem está no Governo", disse o primeiro-ministro.
A IL cresceu ligeiramente, mas aquém das expectativas, e sem ganhar influência nas políticas. No partido, a pergunta agora é: “Por que não crescemos mais?” Liderança de Rui Rocha não deverá estar em risco - por agora.
Com efeito, a audiência total do dia de ontem foi de 2 milhões e 36 mil espectadores. Com este número total de espectadores, o NOW alcançou um dos melhores desempenhos diários de sempre, com um share médio de 1,8%.
Partido conquistou mais um deputado - tem agora nove - e cresceu ligeiramente em votos, mas ficou aquém das expectativas. Hecatombe do PS leva a AD a ter mais votos do que toda a esquerda unida e a não precisar da IL, que também não tem incentivo para um arranjo maior com Luís Montenegro, confirmou Rui Rocha.
A corrupção é um problema grave para 93% dos portugueses. E os deputados? Enviámos aos 230 um inquérito científico sobre o tema. Conclusão: não querem saber. Só quatro responderam.
Os dados da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos revelam quem doou o quê nos últimos cinco anos. Em média, os partidos com assento parlamentar receberam cerca de 1 milhão de euros em donativos por ano. Nas listas de doadores estão algumas das famílias mais ricas e donos ou gestores dos mais poderosos grupos económicos portugueses. E quase ninguém quer explicar porque dá dinheiro a um partido político.
O cabeça de lista da Iniciativa Liberal passou a noite quase isolado na expectativa de ficar à frente do Chega. Não conseguiu por pouco, mas comemorou resultado histórico.
Liberais elegeram dois deputados e por pouco não ultrapassaram o Chega. Partido teve um crescimento astronómico face às Europeias de 2019. Cotrim Figueiredo realçou que a IL foi buscar votos aos descontentes do Chega.
O empresário fundador da Prozis, que tem posições opostas à do BE, diz que fez o donativo para promover a "pluralidade política". "Não percebo porque devolveram. O meu dinheiro é 100% legítimo", afirma. Miguel Milhão diz que deixou de ser discreto quanto o "tentaram cancelar".
Apostou tudo contra o império de supermercados que ajudou a Jerónimo Martins a construir na Polónia e fez uma das maiores fortunas em Portugal. É um viajante extremo, que já esteve em todos os países do mundo. Financia a IL e é o maior acionista do jornal Observador. Visionário e duro a gerir, é terra a terra no trato - e muito discreto.
A proposta foi chumbada com os votos contra do PSD, PS e CDS, abstenção do Chega e votos favoráveis da IL, BE, PCP, Livre e PAN.
O Chega vai trazer novas e inusitadas profissões ao parlamento. Mas noutras bancadas há quem esteja ligado a jornais, barcos, pecuária e até escolas de condução. E a (muitas) consultoras e imobiliárias.
O copo meio cheio dos liberais: mantêm os oito deputados conseguidos em 2022, resistindo à tenaz do voto útil e da subida dos rivais. O copo meio vazio: a IL atingiu um teto e, pior, não se tornou indispensável para a governabilidade da direita moderada, contra a esquerda e o Chega.
Partido garantiu que ia ficar apenas com um área para a seu sede, mas a permuta mostra que terá também um T2 “destinado a habitação”, além de restaurante e três lugares na garagem. PCP não revela à SÁBADO o que vai fazer com o apartamento.