Os dados da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos revelam quem doou o quê nos últimos cinco anos. Em média, os partidos com assento parlamentar receberam cerca de 1 milhão de euros em donativos por ano. PS e PSD são naturalmente os que mais atraem quem quer contribuir. Mas o Chega, IL e CDS também conseguem muito dinheiro – aliás, os centristas fizeram até um apelo desesperado para lhes ajudarem a pagar as dívidas e salvar o partido. Nas listas de doadores estão algumas das famílias mais ricas e donos ou gestores dos mais poderosos grupos económicos portugueses. E quase ninguém quer explicar porque dá dinheiro a um partido político.
No verão de 2022, Nuno Melo navegava a ritmo apressado. Café aqui, almoço acolá, preenchia a agenda com empresários milionários portugueses. Afinal, eleito presidente do CDS-PP em abril desse ano, Melo herdou um passivo de cerca de 1,4 milhões de euros e um partido que acabara de perder assento parlamentar, assim como milhares de euros mensais em subvenção – e era imperativo encontrar novas formas de receita. “Recebíamos cartas registadas com más notícias com muita frequência. Ora vinham de fornecedores, ora uma execução...”, explica à SÁBADO um membro da atual direção centrista. Logo nas primeiras reuniões de direção, arranjou-se uma solução: donativos particulares. “Quem pôde na direção ligou aos seus contactos, potenciais doadores. Começámos a marcar encontros informais, mas Nuno Melo fazia questão de aparecer. A presença do líder dava um toque institucional”, concluiu a mesma fonte.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.