Sábado – Pense por si

"Você é burro ou faz-se?"

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima 28 de maio de 2018 às 15:13

Há coisas que não podem ser ditas em tribunal. Um homem sentiu-o na pele com um desabafo que lhe valeu um crime de perturbação de órgão constitucional, mas acabou absolvido no Tribunal da Relação do Porto

Estava o advogado da parte contrária a alegar, quando, sentado no banco destinado ao assistente no processo, um homem decidiu responder ao que tomou como um "insulto" a si dirigido: " "A falta de carácter é para mim? Você é burro ou faz-se" e, pouco depois, "falta de carácter, o senhor é parvo ou faz-se. O senhor deve ser é parvo". Depois de interrompida a sessão, o homem voltaria à sala, pedindo desculpa à juíza do processo e ao próprio advogado a quem dirigiu as expressões. Porém, não se livrou de passar a assistente num processo a arguido noutro pelo crime de perturbação de órgão constitucional.

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