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"Vi labaredas que assustavam um santo". Incêndio em Lisboa faz cinco feridos

05 de setembro de 2019 às 16:14
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Presidente da Junta de Freguesia de São Vicente assegurou que "não se trata agora de saber que territórios arderam, mas sim salvaguardar pessoas e bens".

Um incêndio atingiu esta quinta-feira uma zona de mato entre a Penha de França e São Vicente, em Lisboa, e levou à evacuação de uma escola, mas encontra-se já em fase de resolução, de acordo com a Proteção Civil. Do incêndio resultaram cinco feridos ligeiros, segundo avançou o tenente coronel dos bombeiros sapadores de Lisboa, Tiago Dias. Entre as vítimas, assistidas no local, estão quatro moradores e um bombeiro.

Segundo os dados da página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta foi dado pelas 12h00 e, passadas cerca de três horas e meia, foi dado como dominado, encontrando-se ainda no local, perto das 16h00, 134 operacionais, 40 meios terrestres e um meio aéreo.

Contactada pela agênciaLusa, a presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, onde os Sapadores Bombeiros de Lisboa assinalaram o foco inicial do incêndio, assegurou que "não se trata agora de saber que territórios arderam, mas sim salvaguardar pessoas e bens". "Vi labaredas que assustavam um santo. Tive um receio brutal com a bomba de gasolina que há na freguesia. O vento mudou de direção por duas vezes e o fogo chegou ao Vale da Eira. Descansei quando soube que tinha sido evacuada a escola básica Rosa Lobato Faria", explicou Natalina Moura. Segundo a autarca, as fagulhas chegaram até à Graça.

De acordo com a presidente da Junta de São Vicente, a "mudança repentina dos ventos levou o fogo a algumas barracas perto da Calçada dos Barbadinhos e da Quinta do Gusmão, uma zona que se encontra muito abandonada".

Natalina Moura rejeita que a autarquia não tenha feito a limpeza dos espaços com mato na freguesia: "Ainda na semana passada tínhamos mandado limpar tudo o que era da nossa responsabilidade e o que por lei se pode fazer, já que, devido ao grau de inclinação dos terrenos, há zonas que não se conseguem limpar", referiu.

"O que a junta limpa era o que a junta podia limpar. Não há equipamentos, nem homens para limpar numa determinada inclinação", insistiu.

Natalina Moura avançou que o incêndio teve origem perto de um supermercado na Penha de França quando "alguém se lembrou de fazer uma pequena fogueira e rapidamente se transformou num inferno".

A responsável adiantou ainda àLusaque mandou já limpar um canavial existente junto a uma instituição particular de solidariedade social "de forma preventiva".

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