Relatório afirma que o risco de infecção no resto do agregado familiar é reduzido em 30% a partir do momento em que um dos elementos está vacinado.
A vacinação e uma infeção prévia reduzem significativamente a infeção sintomática e assintomática e reduz também o risco de a pessoa infetada infetar outras, concluiu o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla original). Estas conclusões surgem num relatório técnico publicado esta segunda-feira sobre o risco de transmissão do SARS-CoV-2 entre pessoas já previamente infetadas e já vacinadas.
Vacina Pfizer PortugalReuters
De acordo com o relatório, as reinfeções com o coronavírus responsável pela pandemia continuam a ser "bastante raras" e pessoas que já tenham sido vacinadas contra o vírus ou que já tenham sido infetadas previamente continuam a apresentar anti-corpos meses depois da infeção/vacinação.
No estudo que acompanhou durante cinco a sete meses pessoas infetadas, estima-se que o efeito protetor dessa infeção é "muito elevado (81% – 100%)" durante esse período. Mas os autores referem que este estudo foi feito antes do surgimento de algumas das variantes que mais preocupações têm motivado como as da África do Sul ou do Brasil. Já sobre o impacto da vacinação no risco de transmissão refere-se que apenas está disponível um estudo e que essa investigação sugere que a vacinação de um membro de um agregado familiar reduz o risco de infeção nos membros desse agregado em pelo menos 30%.
Os autores concluem ainda que existem provas de que a vacinação reduz "significativamente" a infeção sintomática e assintomática em pessoas já vacinadas. No entanto, mesmo as pessoas já vacinadas podem apresentar uma carga viral "baixa" que se pode traduzir numa transmissão mais reduzida. Ou seja, uma pessoa já vacinada pode ainda ter o risco de infetar outras pessoas, mesmo que essa possibilidade seja muito mais reduzida. Isso quer dizer que à medida que houver mais pessoas vacinadas, vai haver cada vez menos casos, já que erstes têm menos probabilidade de propagar o vírus.
Apesar de referir que ainda não há nenhum estudo aprofundado sobre a possibilidade de pessoas reinfetadas transmitirem o vírus, a ECDC relembra que mesmo que essas transmissões aconteçam, a probabilidade de uma pessoa previamente infetada voltar a contrair o vírus é muito baixa.
Em nota de imprensa, a diretora do ECDC, Andrea Ammon, diz ser "muito encorajador ver que as reinfeções do SARS-CoV-2 são bastante raras".
Embora o efeito das novas variantes nos padrões de transmissão deva ser acompanhado de perto, ainda esperamos que o número total de infeções diminua significativamente à medida que a cobertura vacinal aumenta", adianta Andrea Ammon.
O ECDC alerta, porém, que "muitos destes estudos foram realizados antes do aparecimento das variantes preocupantes do SARS-CoV-2", nomeadamente as que tiveram origem no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul.
À medida que o número de indivíduos que adquirem imunidade natural aumenta, espera-se que o número total de infeções diminua significativamente, levando a uma diminuição geral da transmissão, a menos que as alterações genéticas nas variantes circulantes induzam a uma fuga imunitária significativa", assinala.O ECDC alerta, porém, que "muitos destes estudos foram realizados antes do aparecimento das variantes preocupantes do SARS-CoV-2", nomeadamente as que tiveram origem no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul.
À medida que o número de indivíduos que adquirem imunidade natural aumenta, espera-se que o número total de infeções diminua significativamente, levando a uma diminuição geral da transmissão, a menos que as alterações genéticas nas variantes circulantes induzam a uma fuga imunitária significativa", assinala.
O estudo é publicado numa altura de ressurgimento de infeções na Europa e de imposição de novas medidas restritivas.
No que toca à campanha de vacinação europeia, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da União Europeia receberam já a segunda dose da vacina contra a covid-19, levando a que só 4,1% da população europeia esteja completamente imunizada, segundo a informação divulgada pela Comissão Europeia na passada quinta-feira.
Vacinação reduz significativamente risco de infetar outros
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