O objectivo é pressionar o Governo a suspender a actividade do serviço de transporte privado Uber
As associações representativas do sector dos táxis vão promover uma semana de luta para pressionar o Governo a suspender a actividade do serviço de transporte privado Uber, foi anunciado esta terça-feira, 5 de Abril, numa conferência de imprensa.
"Na semana de 29 de Abril, as duas associações (Antral -Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e FPT - Federação Portuguesa do Táxi) vão fazer acções de informação e sensibilização sobre a Uber", disse Florêncio Almeida, presidente da Antral.
Essa semana de luta terminará no dia 29 com uma "iniciativa profunda", que será "surpresa", mas que o dirigente admite que "está tudo em cima da mesa: paralisação, concentração, palavras de ordem nas viaturas."
Florêncio Almeida admitiu, inclusive, "ficarem parados o tempo que for necessário para o Governo tomar uma posição", porque "[os taxistas] não podem andar todos os dias a fazer pequenas manifestações". Frisando que "não são contra a Uber, mas sim contra o modo" como estão no mercado, o presidente da Antral explicou que pretendem apenas que aquela empresa trabalhe de forma legal.
"Não podemos permitir que o público não esteja defendido. A Uber não tem seguro de transporte de pessoas. Fazem um transporte clandestino. Se algum dia houver um problema grave, os seguros não pagam. Alguns funcionários têm segurança social, outros não. O Governo tem de colocar legalidade em todo este sistema", afirmou o dirigente, acrescentando que a Uber "não paga impostos a ninguém". "A Uber não nos mete medo. Tem é de cumprir as leis do país", disse.
Aos jornalistas, o presidente da FPT, Carlos Ramos, disse ainda que "não aceitam que o contingente [de transporte ligeiro de passageiros] seja aumentado" e propôs que a Uber, depois de legalizada, passe a distribuir serviços para os táxis.
Carlos Ramos frisou que a decisão da semana de luta surgiu depois da "falta de resposta do Governo" às reivindicações dos taxistas. "Temos de encontrar uma solução para este crime que arrasa a economia do país", afirmou.
Para as associações, a solução passa pela imediata suspensão da Uber e pelo arranque de negociações com o Governo. Questionados sobre os 17 milhões de euros anunciados pelo ministro da tutela para a modernização do sector, Florêncio Almeida afirmou que "não se vendem". "Primeiro têm de parar a Uber e depois discutir o que é necessário. Até lá, não aceitaremos qualquer negociação", frisou.
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