Sábado – Pense por si

Tancos: Ex-ministro Azeredo Lopes quis evitar uma "decapitação" no Exército

Depois do roubo, Lopes disse ter assumido "responsabilidades e um protagonismo", ao manter Rovisco Duarte como Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME).

O ex-ministro da DefesaAzeredo Lopesadmitiu hoje ter assumido "responsabilidades e um protagonismo", ao manter Rovisco Duartecomo Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), para proteger o ramo "de uma decapitação" de oficiais generais.

Numa audição na comissão parlamentar de inquérito ao furto deTancos, onde começou a ser ouvido às 14:35, Azeredo Lopes explicou que o ministro não tem competências para demitir generais, na sequência do roubo de material militar, em junho de 2017.

"O que contestei é que se tivesse começado pelo CEME, fingindo que não havia responsabilidades abaixo", afirmou o ex-ministro, dizendo que uma "decisão política não pode ficar dependente do bem querer dos seus tenentes-generais". 

O ex-ministro da Defesa recordou também que há "documentos que demonstram que, em 2015, pessoalmente, cada um dos comandos sabia das condições lastimosas em que estava Tancos".

Dois tenentes generais pediram a passagem à reforma na sequência do furto de Tancos e da decisão de Rovisco Duarte de afastar temporariamente vários comandantes de unidades envolvidas na segurança dos paióis nacionais de onde foi furtado o material.

Azeredo Lopes admitiu que, como ministro, estava numa situação em que, "se tivesse tido intervenção era acusado de interferência, se não de omissão". 

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres