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Só 40% dos computadores prometidos pelo Governo na pandemia chegaram às escolas

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 22 de julho de 2021 às 08:00

Auditoria do Tribunal de Contas refere autorização "tardia" do investimento e considera que o programa de Ensino à Distância foi menos eficaz com os alunos de contextos mais problemáticos.

Foi em Abril de 2020, com o país já no primeiro confinamento devido à pandemia, que o primeiro-ministro António Costa prometeu que no ano letivo seguinte todos os alunos do ensino básico e secundário teriam acesso à rede e aos equipamentos, ou seja, a computadores. A missão de equipar em pouco tempo cerca de 1,2 milhões de estudantes já era difícil, mas a autorização "tardia" para a despesa de 386 milhões de euros tornou-a impossível, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) hoje publicada. Só 40% dos computadores chegariam os alunos no decorrer do ano letivo seguinte, aponta o Tribunal, que considera que o programa de Ensino à Distância criado na pandemia foi menos favorável aos alunos de contextos mais problemáticos.

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