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Sindicato fala em fecho "da maior parte das grandes escolas" do Porto

27 de outubro de 2017 às 10:07
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Em causa, nesta greve nacional, está a falta de respostas às reivindicações, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento "imediato" das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.

A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, Lurdes Ribeiro, disse esta sexta-feira que a greve nacional da função pública convocada pela Frente Comum está a levar ao encerramento "da maior parte das grandes escolas" do Porto.

Falando aos jornalistas junto à escola Clara de Resende, ao princípio da manhã, a dirigente sindical apontou precisamente o exemplo deste estabelecimento de ensino e o da Escola Fontes Pereira de Melo, localizada na mesma zona, ambas encerradas.

Segundo Lurdes Ribeiro, o mesmo estará a suceder "noutras grandes escolas e também em algumas EB1, que nem sempre aderem às greves, mas que desta vez deram indicações de adesão". "Sei que por todo o distrito do Porto vão existir escolas encerradas. Ontem [quinta-feira] à tarde já me diziam que não deveria haver aulas em escolas de Amarante, do Marco de Canaveses e em Paredes", acrescentou.

Junto à Escola Fontes Pereira de Melo, a educadora de infância Sara Rosas disse à Lusa que a Associação de Pais já tinha sido alertada para a eventualidade de a escola não abrir, mas, ainda assim, decidiu deslocar-se até ao estabelecimento de ensino para confirmar. "Poderia haver serviços mínimos e a escola abrir", disse, referindo compreender as razões de protesto.

Questionada sobre se iria aderir à greve, a educadora explicou que não, por trabalhar "no privado". De outro modo, aderiria, referiu. Na mesma escola, Mário Palmeira afirmou que a greve não lhe causa qualquer transtorno por se encontrar reformado e poder ficar em casa com as suas duas filhas.

Além disso, "estarei sempre do lado dos professores, mesmo que eles cometam algumas falhas", sublinhou.

O encerramento da Fontes Pereira de Melo já se adivinhava desde cerca das 7h30, hora a que os portões costumam abrir, o que não aconteceu hoje. "Habitualmente, às 7h40 a escola está aberta", disse Manuel Pereira, que quando questionado sobre onde iria deixar o seu filho respondeu: "Solução Avó".

O seu filho, Bernardo Pereira, de 11 anos, admitiu que a greve é "um descanso", embora reconheça que é necessário aprender para "tirar boas notas e ser alguém na vida".

Em causa, nesta greve nacional, está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento "imediato" das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.

Os professores também marcaram uma greve, convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em defesa dos direitos, das carreiras, da estabilidade e dos salário.

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