Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social continua o protesto contra as propostas do pacote laboral apresentado pelo Governo.
O segundo dia de greve dos trabalhadores da função pública estava s 09:00 desta sexta-feira a ter uma adesão elevada, com 75% na educação e 90% nas cantinas das universidades e politécnicos, disse à Lusa fonte sindical.
Muitas escolas estão esta sexta-feira fechadas devido à greveMariline Alves
"Ainda é cedo para dados mais concretos, mas neste momento estamos com 75% na educação, com muitas escolas encerradas, 90% das cantinas das universidades e politécnicos estão fechadas e na área da saúde ainda não temos números, mas também está a ser afetada", disse à Lusa Jaime Santos, presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social (SITOPAS).
De acordo com Jaime Santos, nos serviços municipalizados, mais concretamente na recolha do lixo, a indicação é que esta só era feita na segunda-feira, logo a greve no setor é elevada.
O SITOPAS marcou dois dias de greve, na quinta-feira e hoje, contra as propostas do pacote laboral apresentado pelo Governo, que considera um "desrespeito para com os trabalhadores" e abrange os trabalhadores da Administração Pública Central, Regional e Local.
Em declarações à Lusa, Jaime Santos afirmou que a greve não tem motivações políticas, que é contra as propostas do Governo e exigir melhores condições de trabalho para todos.
O presidente do SITOPAS criticou ainda as declarações do primeiro-ministro sobre a subida do salário mínimo nacional para os 1.600 euros, considerando-as um desrespeito pelos trabalhadores.
"Quanto à greve de ontem [quinta-feira]. Ao contrário do que disse o Governo teve uma grande adesão. Bastava andar na rua para perceber", assinalou.
Além da alteração à lei laboral, os trabalhadores exigem um suplemento de penosidade e insalubridade para trabalhadores com funções de risco, a caixa geral de aposentações para todos, subsídio de refeição para nove euros e valorização dos assistentes técnicos e técnicos superiores.
Reivindicam também a valorização e criação da carreira de auxiliar de ação educativa, a reposição das carreiras e conteúdos funcionais em todos os serviços públicos, redução da idade da reforma para os 62 anos e 36 anos de descontos e a diminuição da ADSE para 1,5% e 12 meses.
Na quinta-feira, realizou-se uma greve geral, a primeira convocada pela CGTP e UGT em 12 anos, que afetou setores como transportes, escolas, hospitais e centros de saúde.
A CGTP reclamou que três milhões de trabalhadores aderiram à greve e a UGT estimou uma adesão de 80%.
O Governo, através do ministro da Presidência, Leitão Amaro, considerou insignificante a participação na greve, e estimou a adesão entre os 0 e os 10%.
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Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.
Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.
O que deve fazer para quando chegar a altura da reforma e como se deve manter ativo. E ainda: reportagem na Síria; ao telefone com o ator Rafael Ferreira.