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Sebastião “Goebbels” Bugalho. Os favores e as escutas do Tutti Frutti

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima 28 de maio de 2025 às 07:00

Crítico do atual estado da comunicação social, quando foi jornalista o eurodeputado revelou relações muito próximas com dois ex-deputados do PSD. Numa escuta ouvida pela Judiciária, um deles até lhe vislumbrou um cargo: ministro da Propaganda.

A proximidade entre o ex-deputado do PSD Carlos Eduardo Reis e o então jornalista Sebastião Bugalho era de tal forma que, ao telefone, ambos se tratavam mutuamente por “primo”. A investigação do processo Tutti Frutti deu por assente a relação familiar, referindo que o deputado falava ao telefone com o “primo jornalista” ou o jornalista era “primo do deputado”. A ligação sanguínea nunca existiu, é certo, mas as escutas telefónicas do processo revelam ter existido uma profunda articulação entre o trabalho de Sebastião Bugalho, jornalista, e os interesses dos dois principais arguidos do caso: além de Carlos Eduardo Reis, o ex-parlamentar Sérgio Azevedo, também do PSD, acusados pelo Ministério Público por dezenas de crimes de corrupção, entre outros.

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