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Rui Tavares recusa debate com Nuno Melo e critica líderes partidários e televisões

Lusa 27 de março de 2025 às 11:54
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"Tenho todo o gosto em debater com o Nuno Melo", começou por dizer Rui Tavares, desafiando o líder do CDS a apresentar-se a eleições como candidato a primeiro-ministro.

O porta-voz do Livre afirmou hoje que só debate com a coligação PSD/CDS-PP se for representada por Luís Montenegro, e criticou os partidos e as televisões por, disse, estarem a aceitar os moldes propostos pelo primeiro-ministro.

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Em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, Rui Tavares afirmou que "só debaterá com Luís Montenegro" e não com o líder do CDS-PP, porque Nuno Melo, ao contrário dos restantes líderes partidários, "não é candidato a primeiro-ministro".

"Tenho todo o gosto em debater com o Nuno Melo, tenho 15 anos de debates com o Nuno Melo (...), mas para isso o Nuno Melo teria que ter a coragem de se apresentar a eleições como candidato a primeiro-ministro e ir sozinho para eleições. Não é isso que ele é agora e, portanto, não é nesses debates que o Nuno Melo tem que estar", afirmou Rui Tavares.

Segundo notícias veiculadas em diferentes órgãos de comunicação, Luís Montenegro só aceita debater com os líderes de PS, Chega, Iniciativa Liberal e PCP, indicando o líder do CDS-PP, Nuno Melo, parceiro de coligação, para debater com BE, Livre e PAN.

Rui Tavares criticou os partidos que "estejam a aceitar os termos que Luís Montenegro quer impor", nomeadamente o líder do PS, Pedro Nuno Santos, e do PCP, Paulo Raimundo, afirmando que esperava que os partidos recusassem o debate com a coligação PSD/CDS-PP "por uma questão de hombridade", ética e garantir que todos são julgado "pela mesma bitola".

O líder do Livre lamentou também que os diretores das televisões "não estejam neste momento a dizer a Luís Montenegro que ou aceita debates nos termos que são iguais para todos os candidatos a primeiro-ministro ou então não pode ir a debates".

"Os termos dos debates, em qualquer país civilizado e democrático do mundo, são estabelecidos em conjunto, coletivamente, e um dos interlocutores ter o direito de mudar as regras do jogo tem um nome muito fácil, mas também muito feio, que é batota. E nós não devemos deixar Luís Montenegro escapar com a sua batota", atirou.

Rui Tavares disse também saber os motivos para Luís Montenegro não querer debate consigo, argumentando que o primeiro-ministro não quer esclarecer porque é que não entregou a empresa da família a uma gestão profissional independente.

"Essa pergunta deita abaixo todos os argumentos de Luís Montenegro para ter agido como agiu. Porque a sua família estaria defendida, a empresa voltaria à sua esfera familiar no fim do seu mandato como primeiro-ministro", acrescentou o porta-voz do Livre.

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