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PSD diz na AR que Governo do PS nos Açores "está morto"

Sociais-democratas aproveitaram o período de declarações políticas no parlamento para se referirem à situação na Região Autónoma dos Açores, defendendo que os resultados de 24 anos de governação socialista "são preocupantes".

O PSD criticou hoje na Assembleia da República a governação socialista nos Açores, a cerca de um mês das eleições regionais, dizendo que o executivo liderado por Vasco Cordeiro "não governa" e "está morto".

Os sociais-democratas aproveitaram hoje o período de declarações políticas no parlamento para se referirem à situação na Região Autónoma dos Açores, defendendo que os resultados de 24 anos de governação socialista "são preocupantes" em indicadores como a pobreza, a taxa de abandono escolar precoce ou a saúde.

"O Governo do PS nos Açores está morto, o Governo do PS não quer saber, o Governo PS nos Açores não governa", acusou o deputado António Ventura.

Para o deputado do PSD eleito pelo círculo eleitoral dos Açores, ao executivo socialista "não faltou dinheiro" da União Europeia e dos Orçamentos do Estado e "não faltou tempo", mas as estratégias e as políticas.

"Torna-se urgente nos Açores uma mudança política no próximo dia 25 de outubro e o José Manuel Bolieiro [líder do PSD regional] é o único que pode dar uma resposta aos problemas dos açorianos", afirmou, recebendo um forte aplauso da sua bancada.

Na resposta, a deputada socialista Lara Martinho - também eleita pelos Açores - criticou a intervenção de António Ventura, acusando-o de, no plenário do parlamento nacional, "dar um contributo negativo para a imagem dos Açores".

"O senhor deputado concentrou-se numa visão pessimista, unilateral da nossa região, ignorando uma série de aspetos fundamentais", disse, apontando que a taxa de desemprego nos Açores é a mais baixa do país e que esta foi a região que mais convergiu com a União Europeia.

Pelo PCP, a deputada Alma Rivera admitiu que análise dos sociais-democratas sobre a situação dos Açores não diverge muito da do seu partido, mas acusou o PSD de não ter contribuído para ajudar a resolver os problemas da Região.

"Os Açores precisam mesmo de uma viragem, mas tem de ser de verdade, não é para virar o disco e tocar o mesmo", criticou.

Na mesma linha, a deputada dos Verdes Mariana Silva considerou que foram muitos os problemas que "o PSD deixou na Região e aos quais o PS não foi capaz de responder".

Os Açores vão ter eleições legislativas regionais no próximo dia 25 de outubro, elegendo os 228.572 eleitores inscritos um total de 57 deputados para a Assembleia Legislativa da região.

No total, são dez os círculos eleitorais - um por cada ilha açoriana mais o círculo de compensação - e 'vão a jogo' um total de 13 forças partidárias, uma delas em coligação: a CDU, que junta PCP e Os Verdes.

Contudo, apenas seis das forças concorrem por todos os círculos: PS, PSD, CDS, BE, CDU e PPM, todas as que já têm assento atual no parlamento regional.

Os partidos Chega e Iniciativa Liberal estreiam-se este ano nas eleições regionais dos Açores.

A única coligação que vai a votos, além da CDU, é no Corvo, onde CDS e PPM apresentam uma candidatura conjunta.

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