Laurentina Pedroso sugere utilização de motores elétricos para este tipo de atividades. Ideia foi apresentada ainda ao anterior governo, esperando a provedora por encontros com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses e o Ministério da Agricultura.
A provedora do Animal aconselhou na sexta-feira, 31 de maio, a proibição da utilização de cavalos de atrelagem em atividades turísticas, nos meios urbanos, à semelhança do que já acontece em cidades como Barcelona, Bruxelas, Nova Deli, Oxford ou Mississipi. Laurentina Pedroso sugere assim a substituição da força animal pelos motores elétricos.
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A ideia ainda foi apresentada ao anterior executivo, mas a provedor espera agora por reuniões com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, já que são as autarquias que definem estas regras, para estabelecer estratégias a seguir. Contudo, mesmo sabendo que esta transição poderá levar cerca de um ano, segundo o jornalPúblico, propõe que até que seja posta em prática, os municípios adotem um código de boas práticas que garanta o bem-estar e a saúde dos animais.
A proposta inclui então seis horas de trabalho diário com intervalo de 30 minutos a cada duas horas, sendo que durante este tempo deve ser fornecida água ao animal; um dia de descanso semanal por cada sete dias de trabalho; a proibição de atividades nos dias em que as condições climatéricas são extremas; ou ainda a retirada de equipamento durante o tempo de repouso do animal.
Além disso, a provedora pede também obrigatoriedade de certificado médico veterinário para a realização de atividades turísticas de atrelagem; para que o animal tenha entre 5 a 23 anos; limitação do número de adultos consoante o número de cavalos por carruagem e a proibição de substâncias farmacológicas para melhorar a performance do animal.
"A constante exposição ao trânsito, ao barulho e à poluição, as longas horas de trabalho em condições inadequadas de calor ou de frio, a permanência em pé e em andamento em superfícies duras como o asfalto e as calçadas, e a ausência de acesso a pastagem não são compatíveis com a proteção e os cuidados necessários ao bem-estar destes animais", defendeu.
"Um cavalo que puxe um atrelado com quatro pessoas, assumindo um peso médio de 70 quilogramas por pessoa, são 280 quilos só em passageiros, excluindo o peso do cocheiro e do atrelado, o que é excessivo para estes animais", acrescentou.
A ideia de pôr um fim à utilização de cavalos como meio de transporte não é propriamente nova. Em 2021, a então provedora dos Animais, Marisa Quaresma dos Reis, já havia proposto esta medida. A mesma apelou também para que os animais fossem substituídos pela via elétrica.
Há um ano, um cavalo morreu enquanto puxava uma charrete em Sevilha, no sul de Espanha. Na altura, o momento gerou uma onda de críticas, visto que o país enfrentava uma vaga de calor.
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